sexta-feira

Mundanidades do burgo...

Nuno Melo continua agarrado ao poder no cds/pp.
Aliás, ele é o protagonista duma luta fratricida no seio de um partido, que está todo esfrangalhado, e revela uma certa maneira gospista de fazer política, um pouco ao estilo de Paulinho das feiras quando fazia jornalismo no Indy entretanto dissolvido. Uma política de assassínio de carácter verdadeiramente lamentável e condenável. Mas se Melo julga que foi feliz ou eficaz na sua atitude diante Ribeiro e Castro está enganado: a prazo sairá mal com ambos. Ribeiro e Castro já há muito o marcou, e Portas não regressa já, de modo que o partido caíu num impasse. Talvez o melhor seria abrir um acelerado processo de falência, com jeitinho ainda iria buscar uns subsídios ao Estado para fazer a conversão daquela meia dúzia de gatos pingados que cabem todos dentro do guarda-roupa do Plateau.

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O conceito de novidade de Sampaio é fascinante... Todos nós sabemos que o dr. Sampaio é uma amabilidade de pessoa, mas os seus contributos para a democracia portuguesa, para a sociedade são sempre tão invisíveis que nunca se vislumbram. Não vi a entrevista, mas nem era necessário. Creio mesmo que Cunhal lhe copiou o modelo de comunicação, sempre mais do mesmo. E é uma pena, pois Sampaio podia falar-nos de música clássica, de golfe, de tuberculose ou do seu querido sporting. Tudo isso sem chorar. Se um dia o Correio da manhã o reconvidar para ele voltar a fazer a manchete desse garboso diário, não terei dúvidas de que como jornalista Sampaio ainda regressa a Belém, mas não sem antes ganhar o prémio-simpatia. Agora vem mais uma "novidade": Sampaio nunca equacionou dissolver a AR e demitir o governo sLopes. O que prova que em política mente-se mais do que julgava. Há limites para tudo, até para a banalização da política.
O ex-Presidente Jorge Sampaio considerou hoje normal a «cooperação estratégica» do seu sucessor, Cavaco Silva, com o primeiro-ministro, José Sócrates, e negou ter admitido o cenário de demissão na crise política de 2004, refere a Lusa.
Na Grande Entrevista, na RTP, Jorge Sampaio afirmou que o próprio sistema político português - semipresidencialista -leva Presidente e primeiro-ministro a entenderem-se. «Tudo impele a que haja essa cooperação. O sistema político está feito para que haja uma cooperação», afirmou o ex-Presidente, que deixou o Palácio de Belém em Março de 2006, após dois mandatos (1996-2006). (..)