João Aguiar, um escritor que também foi/é jornalista
Seria útil que todos os jornalistas que andam por aí, tivessem a preparação que o exemplo e perfil de João Aguiar confere. Se assim fosse talvez se dessem menos calinadas, houvesse maior rigor, isenção, objectividade e, por todos, menos vaidade e soberba. Porque grande parte dos jornalistas sofrem dum duplo complexo: uns têm a mania que por terem alguma influência são ricos, outros julgam-se políticos influentes, o que vai dar ao mesma ilusão do poder que os conduz a erros similares. Felizmente, há excepções, apesar de serem microscópicas.
A VOZ DOS DEUSES (um breve perfil)
"João Aguiar licenciou-se em Jornalismo na Universidade Livre de Bruxelas, numa altura em que os "rapazes dos jornais" faziam tarimba nas redacções. Antes de Bruxelas, frequentou o curso de Filosofia da Universidade Clássica de Lisboa e ao mesmo tempo era redactor da RTP. Depois de concluir o curso, regressou a Portugal, cumpriu serviço militar em Angola e quando foi desmobilizado, ficou em Luanda a fazer jornalismo. Em 1975, regressou a Portugal e foi trabalhando na Imprensa, Rádio e Televisão. A revista "Sábado", primeira série, foi a sua última redacção. Desde então, abraçou em exclusivo a profissão de escritor. O seu primeiro romance e primeiro grande êxito, foi "A Voz dos Deuses" (1984) um dos maiores sucessos literários em Portugal, nos últimos anos, que já leva 20 edições, além de uma no Círculo de Leitores. Continuou no romance com sabor histórico, fez incursões ao fantástico e ao Oriente, com "O Dragão de Fumo" e "A Catedral Verde". Para televisão fez o guião e os diálogos de "A Marquesa de Vila Rica" e "Os Melhores Anos". Para cinema fez os diálogos e é co-autor do guião de "Inês de Portugal".
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