segunda-feira

Uma reavaliação ideológica interessante: direita ou esquerda..

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Em Setembro deste ano desenvolvemos aqui uma discussão acerca do que é hoje ser de esquerda vs direita em Portugal. E é aqui que a discussão perde grande actualidade e desinteressa ao comum dos cidadãos, já que todo o sistema de fidelidades da pessoa é hoje reformulado, e enquanto trabalhador do conhecimento - como diria Peter Drucker, ele integra uma nova elite que passou a ser fiel a si mesmo, à sua tribo e não (já) ao empregador clássico: ao Estado, à empresa, a um patrão qualquer..
Como consequência imediata desta nova relação do indivíduo na sociedade global, as pessoas só irão ligar-se ou cooperar com aquelas que lhes puderem oferecer uma qualquer contrapartida imediata.
Daí nascem novas tribos globais, novos interesses que navegam pelo mundo e só muito raramente coincidem com os interesses dos partidos políticos, hoje cada vez mais mercenários e distantes dos interesses reais das pessoas. Daí o afastamento dessa discussão, pois as pessoas já não se interessam em descoficar o que é a direita ou a esquerda, as pessoas querem é ser incluídas na sociedade e não largadas nas suas margens.
E se os partidos políticos não têm grandes soluções para estes males gerados pela economia e pelos imensos erros da política e dos políticos por causa dos ciclos eleitorais - então o fosso entre ambos ainda aumenta mais, até que as pessoas fiquem de costas voltadas para as organizações políticas. É o divórcio de um casamento que nunca chegou, de facto, a acontecer. [...]
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Hoje, através do blog Claro (link) - e depois de levar "pistons, cambota e segmentos novos", na sequência da panne, damos com este interessante título - A Desgraça Portuguesa (link) - :
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Obs:

Em conformidade, estou curioso para ver hoje no que dá a discussão do Prós & Contras acerca de Lisboa e das condições de governabilidade duma aliança tão contra-natura como a de Marcelo com paulinho das feiras aqui há uns anos, e que morreu antes de nascer, como os abortos - hoje em discussão e objecto de referendo em Fevereiro de 2007.

Ou seja, e adaptando a argumentação desta temática - ideológicamente datada - (mas sempre a renascer com novos ângulos e abordagens) veremos, como defende José Mateus no Claro, se, de facto, a direita em Lisboa "é burra" (leia-se, e acrescento eu - Zézinha Avilez do campo Grande) e se "a esquerda" - dessa direita - com a dupla MMendes & Carmona - "é ignorante" nas gestão dos problemas de ordenamento do espaço de Lisboa.

Para já a sensação que tenho é que Carmona é um engenheiro que ficou prisioneiro duma ilusão quando sLopes foi para S. Bento e viu o caminho aberto para a edilidade; sem cultura nem experiência políticas o resultado dos estragos estão à vista, além de hoje atender primeiro o Tm de MMendes e só depois atender o de SLopes, o que agravou o sistema de fidelidades - que passou a ser duplo, fragmentado e sem qualquer credibilidade política. Por outro lado, o Tribunal Administrativo já declarou que Carmona poderia perder o mandato na sequência das múltiplas irregularidades em obras na Capital, especialmente o empreendimento da Infante Santo denunciado pelos prórpios moradores e por Ricardo Sá Fernandes - que é o homem a quem hoje os lisboetas deveriam dar a oportunidade de governar a Capital, mas como independente.

Já para não falar nos assessores de Carmona (os do Porto de honra...) - a maior parte deles incompetentes, burros, ignorantes (e aqui cai o vereador da educação ou da acção social...) colocados na autarquia como pagamento pelos apoios eleitorais e de colagem de cartazes que elevaram Carmona à edilidade, - observando apenas a fidelidade como critério elegível. É isso que hoje certamente veremos no Prós & Contras: um Carmona diminuído, tolhido, frouxo, políticamente amputado e até envergonhado por ter - a meio do jogo - trocado de amo, i.é, deixou de obedecer a sLopes para passar a obedecer ao "danoninho" do psd, como o Jumento lhe designa MMendes.

Carmona, de facto, nunca foi um actor político independente, mas o problema é de fundo: o homem não apresenta rasgo, nem visão, nem liderança, nem projecto para gerir uma cidade que tem de ser ao mesmo tempo moderna, acessível e líder no desenvolvimento regional de redes viárias e doutras infra-estruturas que Lisboa hoje carece, além dos crónicos problemas de habitação, saneamento básico, transportes, segurança, etc...

Quanto a Zezinha Avillez não haverá muito a dizer, salvo que a impressão que tenho da senhora é a duma vendedora de meias precisamente na Loja das Meias alí na Baixa. No máximo, vendedoura de produtos da Estée Lauder. Presunçosa, arrogante e sempre a dar o passo maior do que as perninhas, e com uma vontade e uma petulância incontrolável de substituir Carmona no executivo camarário. Se assim é, porra!!!, até eu votarei no Carrilho... Que talvez vá dar baile aos dois - dado que articula melhor, está de fora e tem como conselheira - não a bá-bá - mas a filosofia, que sempre servirá para alguma coisa. E temos de convir, para arrumar carmona e zézinha, não é preciso ir vender meias...

Mas veremos se Mª Carrilho segue uma ideia de Robert Musil quanto defendia que os filósofos são seres violentos que, não tendo ao seu dispôr um grupo armado, a si submetem o mundo, encerrando-o num sistema. Veremos qual é o "sistema" de Carrilho - confirmado que está já o seu lamentável absentismo na autarquia - o que gerou aquele conflito com o seu nº 2 - Nuno Gaioso - que levou até a Comissão Política do PS a comportar-se com este como o comité central do pcp alí da Soeiro Pereira Gomes faz a todos aqueles que desobedecem ao partido.

Em todo o caso, as surpresas são capaz de vir de Ricardo Sá Fernandes, que me parece um tipo estruturado, um homem de causas, ainda que idealista e doutros - à marge do sistema canino-partidário - do ps e do psd - que na plateia possam ter a oportunidade de se pronunciar.

Em síntese: estou em crer que hoje os players de serviço irão dar à história das ideias políticas um contributo igualzinho, i.é, proporcional à sua dimensão intelectual e à sua espessura política na participação na vida pública. Ou seja, igual a zero. Cá estarei para me corrigir caso se justifique...

O Macro também está preparado para fazer o mea culpa, risco de quem joga na narrativa de antecipação, pena é que nunca tenha de fazer nenhuma...