A zézinha do nosso descontentamento: Um feto-político em Lisboa a boiar no lodo do psd
Assim que ouvi a selecção de estrelas do próximo Prós & Contras lembrei-me logo de mais um erro de empolamento feito pela dona Fátima que, confesso, me faz lembrar aquelas governantas que descem do Norte e com uma década de vivência dos podres de Lisboa já pensam que são doutoras. Mas, no fundo, não passam é dumas "mulas da cooperativa" como dantes se dizia, e porquê? Nada tenho contra a senhora, que aos 50s até se encontra enxuta e com pistons novos e amortecedores koni ou marsoki aceitáveis fazendo um esforço de renovação razoável, mas aquele seu ar professoral para o qual não se preparou científicamente, aquela sua repetição de saberes pacóvios e de fórmulas feitas numa demonstração gratuita de saber colado a cuspo na véspera, aquele seu esbracejar de ballet contemporâneo apanhado só a meio gaz numa das idas fugazes alí à Gulbenkian - faz com que a senhora depois olhe para a realidade de forma enviezada. E é assim que também aparece a Zézinha Avillez naquele stúdio line. Uma zézinha enviezada - misturando interesses particulares, pessoais com problemas que afectam milhares de lisboetas, os problemas da cidade.
Como? Lembrou-se de convidar a "tia" mais snob do Campo Grande para o seu Programa, Zézinha Avilez Nogueira Pinto - apenas porque agora a senhora está nas bocas do mundo, dado que em resultado duma sua atitude contribuiu para romper com a precária coligação existente na autarquia de Lisboa, que nunca foi, aliás, mais do que uma manta de retalhos - enxameada por vereadores e assessores verdadeiramente incompetentes e néscios, com Carmona à cabeça. Aliás, o Jumento tem por lá uma síntese bem feita do que aqui pretendemos dizer. A senhora, desde que tem projecção pública nunca fez mais do que se pôr em biscos de pés, apesar da sua pequenez política, e porque é ambiciosa e soberba surfa a onda e procura, a coberto daqueles pecados capitais, mostrar à turba que a sua vox é decisiva para a governabilidade da Capital e até para a sustentabilidade do psd - cuja pequenez política (quase) iguala com a de zézinha, sobretudo se nesse molde da comparação introduzirmos um órfão de Santana lopes - que passou a ser apadrinhado por Mmendes: o desnorteado Carmona que, qualquer dia, já não sabe a quem é que haverá de atender primeiro o telemóvel: se a mendes, se a santana.
No fundo, é uma formiguinha com a mania que tem asas, um "feto-político" eivado duma sub-representação política, logo duma legitimidade popular - minúscula só captável à lente do microscópio, corroborando, mais uma vez, a teoria dos "jagunços" e dos lacaios - irmãos siameses da nossa mediacracia - que a semana passada o JUmento despolotou e que também colheu o nosso contributo.. São, de facto, alguns jornalistas que contribuem decisivamente para empolar a importância relativa de certas pessoas e de certos factos na vida do País. Depois sai borrasca.
Daqui se conclui o seguinte: mais do que afastar certas pessoas da vida política activa, por apenas utilizarem o estatuto que têm para a realização de ambições particulares e jogos de poder verdadeiramente doentios, como decorre do perfil e sintomatologia de zézinha do Campo Grande que é do cds (creio!!), melhor fora que algum Conselho Ético (se não existe deveria ser imediatamente composto por pessoas com formação cultural e científica assinalável, que é coisa que dona Fátinha manifestamente nunca teve, embora represente umas coisas) - ajudasse a decidir aquilo que hoje são verdadeiros abortos da natureza em matéria de agendamento e de selecção dos players para integrarem programas de tv com audiência de escala.
Pergunto-me tanta vez o que é que um feto-político do cds, que mal se representa a si própria, poderá dizer de sua justiça quando a sua sub-representação política cabe dentro dum taxi e o conhecimento que tem dos reais problemas da Capital também não se subsumem às misericórdias e aos centros de saúde que aquela tia arrogante da política à portuguesa representa. Apesar de vender a imagem que é uma grande gestora (deve ser da sua própria imagem)...
Depois de reflectir um pouco mais sobre esta selecção de "coxos" (porque com escassa legitimidade política) feita pelos consultores de dona Fátinha, chego à medíocre conclusão que aquela - em horas de aperto - gosta de dar hamburgers ao pessoal, o problema reside naqueles - que já são muitos - que detestam mastigar comida já amassada... Com um bocado de sorte ainda por lá aparecem os ministros do salazarismo a dar bitaites e a ameaçar os ministros legítimos da República em pleno directo - como se Portugal ainda vivesse ao tempo da ditadura do velho botas.
É esta loucura da normalidade que me faz supôr que jornalistas há que deveriam estar era no coiffeur da Isabel Queiróz do Valle alí ao Saldanha - fazendo misses e penteados inovadores, porque como jornalismo sério, competente e isento deixa muito a desejar. Por mais pose que certas pessoas coloquem nos seus gestos...É o gesto que acaba por denunciar tudo o resto.
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