Imbróglio politico-diplomático = coelhada com miúdos de Durão e costelas de Freitas. O molho de tomate é de Rice...
"O Governo Português perguntou à Secretária de Estado norte-americana, Condoleeza Rice, o que realmente se passou com os voos da CIA e a responsável escondeu a verdade. A noticia é avançada pelo jornal Expresso, que teve acesso a um documento que relata a situação.
Segundo o jornal, o documento descreve um jantar entre Condoleezza Rice e os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE e da NATO, num evento onde o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral, perguntou a Rice o que se passava com os voos da CIA.
Freitas queria respostas, de modo a poder justificar os factos junto dos deputados portugueses que o iriam questionar. Condoleezza escondeu o que George W. Bush acabaria por ser obrigado a revelar: que os EUA, num programa liderado pela CIA, tinham detido e transportado prisioneiros em países estrangeiros.
Rice terá dado ao MNE português a resposta combinada política e diplomaticamente, omitindo a criação de um programa liderado pela CIA e que visava transportar os suspeitos de terrorismo. «Nunca violámos a soberania de qualquer Estado [...] Nunca transportámos ninguém para países onde pudesse haver perigo de tortura, morte, ou tratamentos cruéis». "
Notas Macroscópicas:
Agora vem a Portugal um eurodeputado - carreirista do PsD - injectado nas listas ao Parlamento Europeu pela mão do próprio Barroso - fazer de advogado do diabo a fim de perscrutar a filigrama da decisões de política externa dos EUA e de Portugal dinamizadas pela Cimeira dos Açores que tornou Durão num cúmplice activo da invasão do Iraque - como contrapartida (ainda que velada) para ascender à presidência da Comissão Europeia via entente codiale G.W.Bush-Blair+Aznar. Foi esse prato de lentilhas que durão aceitou servir, contribuindo (ainda que modestamente, para pôr uma máquina de guerra no terreno) e que hoje se salda num passivo terrível: mais insegurança estratégica, mais actos terroristas em todo o mundo, mais mortos, mais violência, menos investimentos público e privados e o mais.
Resultado: se Durão deixou o terreno minado, Freitas não percebeu o perigo em que caíra tornando-se numa minhoca crédula no meio de um alguidar repleto de lacraus. E agora vem um eurodeputado, uma espécie de versão short a dois tempos de Durão, e sem licenciatura creio, tentar fazer falar o mudo. Isto se não fosse relativamente grave, não passaria duma comédia bufa.
Assim como tem sido toda a gestão política de Barroso no back-office da UE. Da acção combinada deste par de jarras (Coelho - Durão) que hoje faz carreira na UE - temos alí uma bela estátua da Liberdade - retocada no cangalheito da Brandoa - que ora serve para ofertar à referida dupla. A nossa diplomacia, a presente e a pretérita, por vezes deveria era mandar-se ao rio. E fazê-lo o mais discretamente para não salpicar ninguém. Mas sempre que barroso entra no banheiro inunda logo a sala...E o problema é que hoje a "sala" é a Europa, refém da América: sem tino, liderança ou expressão mundial. A cena da vinda do sr. Coelho a Portugal faz-me lembrar a "estória" do papá - que é juíz num Tribunal duma Comarca perto de si - a julgar o próprio filho por posse e tráfico de droga, passe a analogia.
É óbvio que aqui a isenção e a imparcialiadidade no apuramento dos factos (que o mundo informado já conhece) - é tudo meno justa e credível. Esta dupla "Coelho-Durão" - que não são bem os irmãos-Marx (que ainda faziam rir, estes fazem chorar), deve supôr que o mundo aprendeu pela cartilha deles, não se apercebendo já do ridículo em que incorrem por tentarem mostrar ao mundo aquilo que o mundo já viu uma dúzia de vezes. É também pela qualidade das lideranças políticas deste "quilate" que a Europa está como está: falha de ideias, de projectos e de visão mas repleta de oportunismos e de gestão de carreiras.Também aqui o PsD tem deixado um passivo que só envergonha Portugal.
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