domingo

As promessas de Zé Barroso: o transmontano de Bruxelas

À 1ª vista parecia tratar-se de um dono de restaurante que foi fazer vida para a Europa porque cá não se safava. Cá ganhava só mil e quinhentos contos como PM, lá passou a ganhar cinco mil cts/mês. Foi um grande "salto epistemológico" que deu à bolsa de Barroso uma grande visibilidade política, pasto para o seu inestimável ego e super-ego. Ontem vimos o senhor on tv, reportando de Castelo de Vide, pacato poiso alentejano entalado entre Portalegre e Marvão que parece ser parasitado só no Verão e esquecida nos restantes meses do ano... Por entre tacadinhas de golfe, charutos fedorentos, martinis de Sacavém e muita-muita falta de ideia para a Europa e para Portugal. Até aqui a injustiça, o provincianismo e a hipocrisa abundam por entre o verde daqueles campos de golfe. Mas aquela sintomatologia abespinhada de Barroso - ao falar da crise e da crisologia (coitado, não saíu do enunciado da teoria que não soubera explicar..) - que não deve largar o seu inconsciente - revela alguma obsessão para com ele próprio. É que depois de Santana Lopes - (que zé barroso cilindrou em definitivo na vida política nacional) - ter prometido uma boite em cada praceta da Kapital, e do advogado Sá Fernandes, então candidato à autarquia de Lisboa pelo Bloco de Esquerda, prometer uma casa de chuto em cada rua, temos agora o transmontano de Bruxelas que não se sabe bem o que promete, senão crise, verborreia, muita verborreia adensando ainda mais o clima de negativismo psicológico em que vegetam os tugas. Isto em vez de atrair boas ideias e investimentos, só os afugenta, creio. Ora nós, os portugueses, o que desejaríamos era que o sr. Presi. da Comissão Europeia viesse sossegar os portugueses, dando-lhes uma palavra de esperança, falando nos projectos europeus em curso de que Portugal e os portugueses poderão vir a beneficiar no futuro imediato. Era o que se esperava de alguém que abandonou o barco porlítico da nação para satisfazer uma ambição e um capricho político pessoais. Mas não, o que o sr. Zé barroso nos diz é que há para aí uns comentadores, uns analistas amantes da crsisologia... Engana-se o sr. Barroso, até porque a krisis..vem do grego e até significa decisão, que é coisa que ele em Portugal nem na Europa soube tomar. Barroso, como temos aqui dito, representa a face mais negra da incapacidade política nacional que hoje se transnacionalizou, elevando ao infinito - pelo efeito de repercussão europeia - o síndrome de Santana Lopes - ao qual está automática e geracionalmente associado. Também conhecido pelo síndrome de santa incompetência. Eis os contributos transmontanos formatados na Europa que Portugal lamenta receber directamente de Castelo de Vide.