terça-feira

Três razões para Fidel Castro não sair do Hosp.

Image Hosted by ImageShack.us Analisar esta urgente necessidade na vida e no interesse da sociedade cubana é avaliar as características da Ditadura moderna, evidenciada na sua relação com a personalidade autocrática, doente, despota e absoluta do pequeno tirano da Sierra Mestra que um dia conquistou Havana e expulsou os yanquis para norte. Essas razões são as seguintes: 1. Fidel é um déspota que concentra em si todo o poder - conferindo-se um estatuto de iluminado; 2. Inflinge às populações um ambiente geral de medo e de coacção psicológica para a manter domesticada, vigiada e controlada. Qualquer rebento de oposição é imediatamente enjaulado na cadeia, como tem sucediddo amiudadas vezes com elementos da oposição, simples jornalistas, homens livres que levantam a vox e caem tombados como tordos com tiros na nuca. Eis o método de Fidel Castro no III milénio; 3. Há uma total precaridade das regras de sucessão do lagarto de Havana ao poder. Ou seja, quando o sujeito morrer a sociedade - ante essa anomia jurídica e política - fica num desnorte tal que a sucessão ao poder em Cuba acaba por constituir outro problema. - De tal modo que Fidel castro é, em sim, dois problemas: vivo não passa dum ditador que atrofia o seu povo, adiando o futuro do país; morto é gerador de caos político por causa daquela ausência de regras/normas que conduzam à sua sucessão pacífica. - A lei ali é a vontade do próprio ditador, mesmo quando são introduzidas normas para regular qualquer actividade, a vontade do ditador acaba sempre por se sobrepôr à (ilusão) da lei - que era suposto defender os direitos dos "cidadãos". Parece mesmo que o único limite de Fidel é mesmo a sua própria saúde. E como bom democrata que sou, e convicto de que a sua partida do poder se traduziria num bem-estar geral para os milhões de cubanos, só posso pensar como democrata e desejar, sinceramente, que o ditador de Havana não saía do hospital. A bem da democracia, da justiça, da liberdade e do desenvolvimento. A bem de Cuba que ele sequestrou há 50 anos...

- Curioso é notar que o Sr. Castro desceu a Sierra Maestra com Che - prometendo uma profunda transformação e modernização económica e social, que pressupunha uma participação política de todos segundo o princípio da soberania popular, e, hoje, o que se constata é uma total inversão desses princípios: com total ausência de de eleições, de rotatividade democrática, com o povo a vegetar nas ruas de Havana, as crianças de 12 anos a prostituirem-se, os homens de 40/50 anos a persuadirem os turistas a terem relações sexuais com as suas mulheres a troco de uns dólares, etc, etc...

- Enfim, tudo isto é degradante, a economia está de rastos, o bloqueio norte-americano que não brinca em serviço - a isso obriga, o povo já nem força tem para gritar, os que gritam levam o tal tiro na nuca, portanto, o melhor mesmo é estar caladinho para evitar morrer antes do tempo. - Hoje até um russo pediria a cabeça do ditador... Embora saiba que um norte-coreano ou um amigo do presidente angolano - dos santos - reiterasse que Fidel é um verdadeiro democrata - mas com as mãos manchadas de muitas postas de sangue. Só que em Cuba não há petróleo... - Eis as razões pelas quais aqui defendemos que este ditadorzeco barbudo - que parece saíu ontem das cavernas do paleolítico - e o seu imprevisível absolutismo pessoal, jamais deveria sair do Hosp. O ideal seria mesmo meterem o senhor na cadeia e pedirem-lhe uma indemnização por danos pessoais, patrimoniais e morais inflingidos ao seu povo nestas últimas décadas. E eu não tenho nenhuma espécie de dúvidas que seria isso - se não o matassem primeiro - que o seu próprio povo lhe faria se disso tivesse uma ponta de oportunidade. Desde logo, a começar pela sua própria filha...

- Castro só já faz parte da história na medida em que se tornou um quisto, um pedregulho da própria história. Mas castro não faz História, aliás, ele é a negação da própria histo(ricidade).

  • Dedicamos este post ao povo cubano: bondoso, humilde e muito, muito paciente... Seria interessante, dadas as conhecidas e estranhas afinidades que o nobel da literatura nacional tem com o ditador, que escrevesse um romance sobre esse processo "democrático" em Cuba... Apesar de sabermos que o sr. saramago por alturas do Verão quente - na qualidade de director do DN também saneou jornalistas colegas seus - só pelo facto de não alinharem com a sua matriz ideológica pró-moscovita que na altura o PCP tentara impôr a Portugal - e que, em boa hora, Mário Soares sábiamente travou.

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