quinta-feira

O azar de Timor e os lagartos de Comoro

Na vida sempre me bati pelos valores em que acredito: Justiça, Verdade, Bondade, Liberdade, Democracia. Numa análise mais fina e sintetizada creio que esses valores têm uma intimidade e interdependência tais que eles só ganham efectiva operacionalidade se avançarem todos juntos no controlo e desenvolvimento das sociedades. Naquele cadeia de elos e de valores quando falha um deles daquela roda dentada está tudo estragado. Creio nisto firmemente. Hoje, quando olho para Timor-Leste, mesmo a 18 mil quil. de distância, não vejo nem sombra daqueles valores nem a mais ténue vontade em os implementar naquele território e naqueles gentes, nossos irmãos. Fico, profundamente, aguntiado e triste. Mas a tristeza dá-me para não ser sanguíneo, por isso o que alí vemos é um verdadeiro canalha que a história ainda tolera e um lagarto de Commoro, de língua bifurcada e que tem a particularidade de ser PM de Timor-Leste.
- Ora, o sr. Mário Alkatiri sempre representou para mim um ser estranho, oculto, manhoso, pérfido, uma espécie de lagarto de Comoro de língua bifurcada - que mais depressa caía nos braços da Austrália, dos EUA ou NZ para com as suas empresas fazer bons negócios (para ele) no quadro do mar de Timor rico em petróleo - do que zelar pelo estreitamento das boas relações bilaterais entre Portugal e Timor-Leste. O sr Alkatiri representa, no meu imaginário e sem querer ser injusto ou sectário nesta apreciação, o lagarto de Comoro. Mas também não queremos ofender a espécie a que o lagarto pertence, rara no mundo da fauna animal. E por se ter tão bem disfarçado é que fez crer à Comunidade internacional, até à ONU, pasme-se!!! que ele era o PM de Timor. Como é que isto foi possível??? Hoje, creio que o povo timorense tem um azar do caraças, pois até quando chove sopa dos céus eles só têm garfos nas mãos. O povo de timor merecia melhores e mais honestos políticos. A Comunidade internacional - onde está Portugal - que apoveite bem esta onda de solidariedade para varrer do poder todos os lagartos de Comoro de língua bifurcada que estão a adiar o futuro do território e a matar lentamente, com as mordiduras venenosas, as simples, indefesas e boas gentes timorenses.
  • Portaria: Dedicamos este post ao lagarto de Comoro e ao sr. do lado cuja malhanço não bastou, infelizmente, para o fazer esquecer de vez na história dos tempos. Aproveitamos também para estender a oferenda ao sr. Zaramago uma vez que agora é a Feira do Livro, e toda a sua colecção pode satisfazer os gostos literários e culturais do seu grande amigo que é Fidel Castro. O tal que ainda mata e manda matar homens cujo único crime que cometeram foi o de pensar pela sua própria cabeça (delitos/crimes de opinião que depois são injustamente acusados de espiões). Em Cuba mata-se por delito de opinião no III milénio e em Timor ainda se mata porque os tratadores da putativa Comunidade internacional ainda não domesticaram os tais lagartos de Comoro..., que são uma sub-espécie que deve ser preservada mas só vista à distância, do Poder. Por isso dedicamos este post também a Zaramago e a todos os amigos de Fidel que vêm naquele (Fidel, o lagardo havaiano e noutros como ele) o maior expoente da escrita - para vergonha de Portugal, naturalmente. Aliás, já em 75 esse lagarto lusitano tinha por critério sanear jornalistas colegas seus do dn por razões políticas.
  • Espero que todos os portugueses que gostam do escritor nobilizado me desculpem esta minha franqueza, mas ela é pouco sanguínea e já mui racionalizada.