A brecha da pobreza em Timor-Leste
Parece que a Galp perdeu um concurso para explorar um bloco de ouro negro no complicado mar de Timor... E perante esta "parecença", e já dizia o velho Salazar que em política o que parece é, podem estar alguns dos efeitos políticos, militares e pessoais que hoje se vive naquele xadrez ambíguo que é o território de Timor-Leste. Ora, é na sequência dessa vital questão de natureza económica (e aqui somos todos marxistas...) que pode explicar-se muita coisa, até o relativo desinteresse político e económico de Portugal por aquela sua ex-colónia situada na outra ponta do mundo, a quase 20 mil quil. de distância. Os tirinho do Sr. Alfredo não passam de pólvora seca.. Resta saber quem está por tras dele? Teremos de perguntar ao sr. Alkatiri, esse lagarto de Comoro de língua bifurcada...
- Será, talvez, essa brecha económica que origina muito do que lá se passa actualmente. O rendimento do povo timorense cresce a taxas baixíssimas, comparativamente a todos os países ricos da região banhados pelo Índico e pelo Pacífico. É frustrante mas é assim. O pior inimigo de Timor é, de facto, a pobreza crónica daquela gente e da inabilidade que têm demonstrado em gerir os recursos do território. Depois vem a gula e o ódio entre dois homens que se detestam há anos, facto que e tem envenenado as relações políticas no país e do país com o mundo: Xanana e Alkatiri.
- Mas, de facto, é o baixo rendimento, a quebra sistemática de expectativas sociais e eeconómicas e o empeobrecimento acelerado que leva áquele tipo de comportamentos agressivos das tropas ditas guerrilheiras às forças regulares do governo da República. República!!! qual República??? E é isto que também define a globalização da economia regional de Timor-Leste: os ricos da área enriquecem-se a taxas maiores do que os pobres se empobrecem.
- O resultado destas taxas de crescimento, fácilmente visíveis porque fácilmente comparáveis pelos países da região (a que Portugal não conta porque nem sequer serve de exemplo estatístico) é o resultado dessa tal brecha de riqueza, que se dá na sequência daquele mecanismo de desenvolvimento assimétrico: os ricos enriquecem mais depressa do que os pobres empobrecem.
- Diabólicamente é assim que as coisas se passam na realidade. Aliás, quem olha para Timor a esta distância ainda vê uma comunidade de ciganos alargada (com todo o respeito para essa étnia): iletrados, pobres, mal nutridos, ranhosos, sem acesso a bens de que natureza fôr. É, de facto um drama humano. Boa gente, gente simples e com o coração estampado no rosto, mas tremendamente pobres. Eis como definiria aquele povo sofrido irmão de Portugal.
- Diabólicamente os seres humanos estão, infelizmente, a ser levados a diferenciar-se cada vez mais entre si. Pergunto-me até quando(!??): talvez até que haja uma grande ruptura e eles não mais se reconhecerão como semelhantes. Mas isso, muito provavelmente, já será numa outra era. Na era post-Xanana.
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