quinta-feira

Dr. House - às 5ªF.

Dantes, quando era puto achava a Tv uma m... Depois cresci e continuo a achá-la uma m... ainda maior e não é inflação da idade. Dantes via alguma Tv, hoje só a informação necessária. Com net deixei de comprar jornais, leio alguns na rede das redes. Sujo menos as mãos, gasto menos dinheiro, talvez por isso as empresas de jornais se queixem que hoje iludem menos a malta - que, de facto, compra menos papel. O que se passará com o tempo que passa que não trás qualidade ao presente? A quantidade não é, de todo, sinónimo de qualidade, mesmo sabendo que grandes massas de informação implicam alterações qualitativas. É assim na física, mas na programação nas tvs em Portugal tal não acontece, apesar da liberalização do sector feita ao tempo de Cavaco. Porquê? Será porque já se criou uma massa de alienados tais que não se habituariam a programas de qualidade? E assim prossegue a fábrica de alienação - produzindo alienados como uma boa fábrica de salsichas.
Concursos ignorantes, programas desportivos com grunhos a falar de estratégia e outras searices estupidificantes com autarcas à mistura. Há dias - levei quase duas horas para percorrer 9 kil. nessa meretriz que é a IC19 - e lembrei-me do artista da bola que queria ser famoso e não sabia como. Pensou, pensou e lá lhe veio à lembradura o Benfica e depois o comentário televisivo. Virou estrela, atingiu o estrelato. Mas aquilo é alienante, intragável, anti-cultural - e os seárás deste país deveriam indemnizar as pessoas que apenas querem ver programas formativos, criativos, com alguma valia cultural e intelectual. Mas o estrelato da tvbola é assim, esmaga qualquer um. Até um grunho que um dia diga que a bola é quadrada perante uma assembleia de alienados que batem palmas. Mas como em tudo na vida, há excepções. Para mim são às 5f. para ver o dr. House.