O Sr. Sistema = sr. ninguém »» sistema
José Adelino Maltez debita hoje um post eficientemente caracterizador desta anarquia madura em que vegetamos: o lodo do jogo. Alí explica-nos em que consiste o sr. sistema = ninguém. Porque ninguém é responsável; ninguém é imputável; ninguém é punido, salvo os putos da Casa Pia que se vendiam (ou eram empurrados) para o sexo dos maníaco-depressivos dos pederastas da nossa praça. Esses sim, já guardam no corpo e na memória as passas do Algarve, perdão, de Elvas - onde a sangria pedófila se fazia, por entre muitas ruas de Lisboa e apartamentos nos arredores. Ora se se trata-se de um "sistema de ninguém", de inimputáveis - a conclusão só parece ser uma: somos todos loucos, e assim ninguém é responsabilizado ou vai dentro. É Portugal no seu melhor..
- Amanhã alguém acorda com um fragmento de lucidez e dá um tiro no sr. Cruz e já não vai de férias para Elvas; amanhã alguém dá um tiro no sr. Pedroso e já não vai para as galerias do hemiciclo assistir aos interessantes debates sobre pedofilia na Assembleia da República; amanhã alguém no seu mais perfeito juízo sai à rua e dá um tiro no ex-diplomata Rito e...
- Amanhã alguém no seu mais perfeito juízo lança uma granada sobre o senhor ali de cima, o sr. Souto, e é agraciado com a medalha de pontaria e da impaciência perante a malvadez incisiva daquele - pelo sr. PR, o sr. dr. Sampaio.
- Amanhã Sampaio deixa Belém e ninguém dá conta que ele lá esteve; amanhã Sampaio é substituído por Cavaco - e será agraciado com base em três grandes feitos. A saber:
- 1) Ter demitido a AR e o sr. dr. Santana Lopes - que sofre de derisão (excesso de simulacro) e do síndrome da adolescência retardada;
- 2) Ter lido um discurso a confirmar que ía demitir S. Lopes;
- 3) E ter demitido o sr. Souto... decisão a haver
- Cumpridos os pontos 1 e 2 o povo, que é sereno, mas já está farto de fantochadas e de ver este País de joelhos por causa das pederastias do costume - que entopem o sistema político, partidário e de justiça - aguarda com imensa expectativa que o sr. dr. Sampaio demita imediatamente - se possível com efeitos retroactivos - aquele ser tíbio, hesitante e recalcitrante dr. Souto - que até da sua própria sombra tem medo. Julgo que seria legítimo exigir-lhe até uma indemnização pelo desempenho lamentável que fez do cargo. Mas disso se encarregará o altruista e mui douto Garcia Pereira junto do Tribunal de Haia ou doutro tribunal ad hoc criado para o efeito..
- Se não o fizer - e perante esta anarquia madura do "sr. ninguém" que vive em regime de inimputabilidade permanente como se Portugal se resumisse ao jardim do Miguel Bombarda - em que não há culpados mas há imensas vítimas - é legítimo que o povo se interrogue e pergunte: hó dr. Moura, o senhor ainda está onde está porque também deve ter alguma informação comprometedora que "mexe" com o nome de Sampaio...!?
- Mas daqui decorre uma outra questão maior: se o dr. Souto utilizou, ou melhor, manipulou cirúrgicamente essa informação para assassinar políticamente Ferro Rodrigues - porque não o faz com o actual locatário de Belém?
- E a resposta é simples, seguindo a velha regra ceteris paribus - : Souto não faz com o PR o que fez com Ferro porque quer continuar a desempenhar as funções que ocupa e dependem formalmente da confiança política de Belém. E o PR não o demite porque não quer terminar a carreira como Ferro, desterrado na OCDE - fazendo aquilo que Basílo fazia, com discutível eficácia para a produtividade do país.
- Mas o que lamento mais é ver este Portugal, que já foi grande, ser dirigido por gente que parecem formigas; por formigas que atrapalham ao natural desenvolvimento do país. Por vezes penso que estes tipos são pagos e estão onde estão com um único fito: ver quem consegue fazer pior no concurso dos medíocres.
- E, confesso, quando olho para Souto vejo no espelho Sampaio; e quando vislumbro a imagem alucinante de Sampaio vejo rendida no espelho a sombra de Souto.
- Ora este País merecia mais e melhor do que este tipo de performances que envergonham qualquer país africano a sul do saara, por isso o melhor é não se fazer nenhum estudo de política comparada a fim de identificar o benchmarketing entre aquele jogo de espelhos. Nada haverá de pior...
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