quinta-feira

A CORRUPÇÃO OU A DEMOCRACIA - by Jumento

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A CORRUPÇÃO OU A DEMOCRACIA
Uma das maiores dificuldades que sinto ao criticar a política portuguesa é sensação com que muitas vezes tenho de que o que aqui escrevo também poderia ser escrito por alguém da extrema-direita ou da extrema-esquerda. Não é fácil defender uma democracia no pressuposto de que os partidos servem para debater ideias e propor novas soluções, quando estes estão minados pela corrupção e exercem um grande poder de atracção sobre quem vê na política a forma fácil de ter sucesso na vida. Os aparelhos partidários há muito que deixaram de atrair os melhores e que eliminaram o debate de ideias, as estruturas internas dos partidos funcionam como gangs onde tem sucesso o que faz as apostas certas, aquele que assegura maiores vantagens aos que os escolhem, são uma imensa rede de favores e de influências onde as escolhas e promoções são pagas à mesa do erário público; já pouco importa a qualidade dos líderes partidários, a sua qualidade é avaliada pelas intenções de voto nas sondagens, são cavalos de corrida e o troféu mais desejado é o orçamento do Estado, distribuído sob as mais diversas formas, desde pensões vitalícias à infinidade de cargos bem remunerados ou a mera partilha de generosas contribuições para os partidos. Mas ainda restava a possibilidade de haver alguma democracia no pressuposto de que gangs de partidos diferentes fossem concorrentes, mas assim não sucede, começam a haver sinais de entendimentos privados dos aparelhos partidários. Fazem trocas do género “trata bem dos meus que eu depois ajudo os teus”, e agora temos um braço direito de Durão Barroso à frente da CNVM (para não falar da IGF) e a estrutura dirigente da DGCI escolhida por Vasco Valdez e Ferreira Leite está de pedra e cal na DGCI. Mas a pouca vergonha já não tem limites e a mistura entre aparelhos partidários e interesses empresariais já atingiu um nível tal que dá para entregar os mais altos cargos da Administração Pública a grupos privados; e se quando o PS estava na oposição ainda se ouvia uma crítica aqui ou acolá, agora o assunto foi coberto com um manto de silêncio, como se resultados conjunturais positivos justificassem todas as tropelias. E enquanto assistimos impávidos a tudo isto, o país não passa da cepa torta, os mais pobres sofrem com o empobrecimento forçado, a classe média vai desaparecendo e os mais privilegiados até conseguem dar-nos a ilusão de crescimento económico com a antecipação das compras de carros de luxo, antes que o IVA subisse. Posted at 9/29/2005 8:59:59 am by Jerico Coices dados (11) Permalink
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