Cadeado no Público... Boa engº Belmiro $$$
- Parabéns àqueles que dizem ser o Público maior jornal diário nacional, que agora mandou a brigada dos costumes electrónico - pôr cadeados nos artigos de opinião. Será da crise? Será algum costume importado do Leste europeu ao tempo de Bresniev cultivado pela direcção - de forma anacrónica? Será só por causa do dinheiro - ou seja, estão tesos? Parece que outros também o fazem.
- Por mim, confesso que fico triste, concerteza... Já não posso ler os brilhantes cronistas que estão por detrás dos cadeados das correntes que seguram tão doutas opiniões. Será porque as opiniões são antidemocráticas - que os cadeados estão lá? Será que o jornal oculta coisa feias e indizíveis - que não podem ser lidas ou vistas? Foi ordem de Bermiro?
- Afinal, o que se passa Sr. Zé Manel?... então agora para ler o bom do Prado Coelho a enxovalhar o comissário de Santana Flopes , Mr. Delegado (não ao Congresso), temos de pagar para adquirir uma chave que, por sua vez, nos permite entrar naquela cadeia...
- Valha-me Deus... Nem com a morte do Papa esta gente consegue deixar de pensar, uns segundos, no maldito metal...
- Enfim, fica a denúncia. E eu até só o lia raramente, mas assim está explicada a subida de vendas do DN, que parece agora ter outro dono e gente muito renovada a escrever nele. Tão renovada que me sinto perfeitamente nas nuvens, com 20 anos, estreante na Faculdade, a pensar que ainda estamos na velha década de 80 - quando Cavaco "i" Silva - ainda não pensava candidatar-se a Bel...
- Os dias passam, mas os tempos não são muito diferentes...
- Nota: isto, ou seja, o cadeado, é digno dum "sukete" no Inimigo Público... Vá lá, tenham coragem e façam uma rábula, obrigando os decisores a admitir que também dão tiros no pé...até o esburacarem todo, depois andam com as mãos no chão, como os quadrú.....
- Se não têm ideias deixo aqui o guião para a rábula: peguem no Belmiro e façam uma caricatura. Depois repitam o mesmo para o Zé Manel. O cadeado não precisa, porque já é ele próprio uma ... Agora suponham que estão todos três - sentados - e deperna aberta - trialogando , fumando e bebendo. Depois, o bom do Belmiro dá uma ordem ao Zé - e diz-lhe que está a derrapar e precisa de um suplemento de receita, doutro modo as acções Sonae não fazem o take of desejado na bolsa de valores. Vai daí - o sr. Sonae mandou pôr cadeados em todos os textos coordenados pelo Zé Manel. Este teve de aceitar, sob pena de ficar desempregado. E assim se explica o reino do cadeado, numa terra que já teve a sua revolução há 30 anos. Mas essa foi a revolução política, agora só falta fazer a revolução do dinheiro, qui ça, um dia regressaremos ao velho escambo, de troca directa entre bens e haveres... Em que um sujeito para ler um artigo do Prado Coelho tinha de lhe enviar um livro; para ler um artigo do Barreto teria de lhe oferecer uima enciclopédia; para ler um artigo do Mesquita teria de lhe oferecer uma máquina de escrever; para ler um do Vasco P. Pobre teria de lhe oferecer uma vaca e um contentor de John Walker (Old, e Dimple - 3 murros); para ler um artigo do Zé Manel teria de lhe oferecer um BMW série 5 - para se parecer bem montado e confundir-se com o próprio Belmiro, e assim por diante. Ora como ninguém ía nisto, o jornal só tinha um destino: a falência. Uma afalência que explicaria o sucesso do DN... e faria feliz os mano Oliveira - entretanto posicionado para fazer uma oferta pública de aquisição e fazer o turn over sobre o grupo Sonae. Vejam lá se o Oliveira, que fuma charuto com a boca toda, não é um génio...
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