sábado

O Natal - tempo de risco e esperança

Por regra, tem sido a sociedade de consumo - e as catedrais que a promovem - que empurra os homens para comprar compulsivamente objectos que visam substituir a (aparência de) felicidade. A essa luz, o Natal tem vindo a converter-se num negócio, por vezes mafioso. Nos intervalos desse negócio o homem lá encontra tempo para festejar a reunião com a família ou com outros homens, que, não sendo da família - são mais família do que a própria família (da consanguinidade).
Mas o espírito de Natal é, ou deveria ser, aquele desafio que deposita no homem um renovar da Fé e da Esperança na condição humana que, por sua vez, influencia directa e indirectamente a forma como os povos, as sociedades e as economias são organizados e geridos.
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E será essa condição maior que, porventura, estará na raiz do sucesso dumas sociedades e no insucesso doutras; na paz, desenvolvimento e prosperidade duns povos e na instabilidade, guerras e pobreza extremas doutros povos - provocando dois mundos contrastantes, desiguais e pondo frente a frente a riqueza e a pobreza das nações, a paz e a guerra, que começam sempre no coração dos homens.  
O Natal poderá ser aquele tempo especial, aquele momento sagrado capaz de pressionar o homem a tentar erradicar aquela parte má de nós e a sobrelevar a parte boa, e esse é, ou será, porventura, o desafio de sempre: o desafio do homem - que sendo pequeno demais para se comparar a Cristo, nunca deverá deixar de O recordar - lembrando a sua vida e trajectória - e reverenciar aquele que foi Seu Pai.
Fazendo-o ou não morreremos sempre com o mistério da vida e da morte encerrado em nós, mas se algo haverá de transcendente e crermos em algo superior, supra-humano, sempre vamos melhor acompanhados na hora da partida que será, um dia, (também) sinalizado com um destes natais.
Sim, porque não havendo um tempo para nascer também nunca haverá um tempo especial para morrer. E são esses dois tempos contrastantes que marcam o ritmo do nosso tempo e alimentam as nossas ilusões, alegrias, incertezas, riscos e esperanças.
BOM NATAL, PRENÚNCIO DE UM TEMPO NOVO PARA TODOS
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[...] Enquanto estavam lá, chegou o tempo de nascer o bebê, e ela deu à luz o seu primogênito. Envolveu-o em panos e o colocou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.
Havia pastores que estavam nos campos próximos e durante a noite tomavam conta dos seus rebanhos. E aconteceu que um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor resplandeceu ao redor deles; e ficaram aterrorizados.
Mas o anjo lhes disse: "Não tenham medo. Estou trazendo boas-novas de grande alegria para vocês, que são para todo o povo: Hoje, na cidade de Davi, nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor. Isto servirá de sinal para vocês: encontrarão o bebê envolto em panos e deitado numa manjedoura".
De repente, uma grande multidão do exército celestial apareceu com o anjo, louvando a Deus e dizendo:
"Glória a Deus nas alturas,
e paz na terra aos homens
aos quais ele concede
o seu favor".
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