terça-feira

António Costa, Diogo Lacerda e a mulher de César...





Narrativas de César
- Conhecendo como conhece as regras e os procedimentos concursais na Administracao Pública António Costa revela, no caso da nomeação do amigo Diogo Lacerda para representar o Estado em seu nome, que ou estava distraído, ficou ingénuo ou pensava que este "elefante" no meio da sala passaria despercebido pelos intervalos da chuva. Este será, porventura, o efeito colateral das bofetadas que "o outro" queria dar aos outros...

- É precisamente por Diogo Lacerda ser um amigo próximo do PM que esta relação deveria ter sido escrutinada pela CReSAP, nem que fosse para "inglês ver", pois cv não falta ao visado, e dizer à mulher de César que não basta sê-lo, tem de o parecer. 
- Além de que Lacerda integra uma soc. de Advogados que representa interesses chineses e pode, por essa via, incorrer em incompatibilidades entre os interesses públicos e privados que terão de ser acautelados em negociações futuras, seja no âmbito da TAP, do BPI ou no âmbito dos lesados do ex-BES.
- Por outro lado, trabalhar pro bono, é algo em que os portugueses absolutamente não acreditam, mesmo quando se trata daquelas missões de cooperação para o desenvolvimento em África, em que os missionários da Católica se empenham muito, anos mais tarde são os mesmos que ocupam lugares de responsabilidade à frente de instituições da banca, da universidade e do meio empresarial. Foi o resultado do pro bono...
- Sendo da transparência que se trata, não se compreende a razão pela qual o experiente António Costa caiu na sua própria casca de banana, com a agravante de parecer ter no seu seio um conjunto de assessores que não tiveram a modesta sabedoria de o alertar para esse perigo manifesto. 
- De facto, um PM tem imenso com que se preocupar, é também para isso que tem assessores cuja função é dizerem a verdade e o alertem para os perigos de decisões mais apressadas que podem fazer perigar o interesse público, mas para isso é preciso que os assessores não sejam assessores de cacique, que além de não terem a preparação e o conhecimento dos processos de tomadas de decisão públicos são, em inúmeros casos, meros yes man que dizem ao Príncipe aquilo que ele deseja ouvir. 
- Uma circunstância que acaba por trazer embaraços e custos políticos redobrados ao próprio PM, embaraços e custos esses que não foram atenuados ou eliminados pela equipa de assessores que o rodeia. 

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