O cinismo e a perfídia de Paulo Portas. Sem legitmidade ocupou o poder
Este era o Vice-PM até à actualidade.(link)
Fez-se nomear Vice-PM através dum simulacro de demissão, a que designou "demissão irrevogável". Fez, literalmente, chantagem sobre Passos Coelho/PM, e este cedeu, sob pena de o Governo cair, em 2013, também na sequência da demissão de Vitor Gaspar, então ministro das Finanças cujos erros escavacaram a já débil economia nacional, como o próprio reconheceu na sua carta de demissão, no Verão de 2013.
- Durante décadas, através do Indy, de que foi director de pasquim, visou abater Cavaco e o cavaquimso, não olhando a meios para atingir objectivos (pessoais e de carreira profissional e política), ofendendo e difamando semanalmente pessoas e famílias. A história é conhecida, os inúmeros processos em tribunal evidenciam esses factos, que terminou com o dito pasquim a ter de indemnizar os lesados por tais difamações. Traiu Manuel Monteiro, o que revela o seu carácter; chegou a ofender publicamente um ex-líder do CDS, Francisco Lucas Pires, tamanha a sua ambição pessoal. Foi contra a Europa (eurocéptico) - de que depois se tornou um convicto europeísta. Mudou de ideias conforme o seu interesse e conveniência pessoais e o seu posicionamento na política. Conforme o livro abundantemente documenta.
- Portas nunca ganhou uma única eleição legislativa, mas integrou o poder e nomeou boys seus para lugares de relevância no aparelho de Estado. É, assim, um parasita político desta democracia de Abril, pois além de fazer e multiplicar nomeações políticas sem critério, e que o Estado deve anular, Portas tem uma noção pérfida da democracia e uma ideia nociva do exercício do poder, de que lhe custa imenso abdicar. Pois ela só será válida se nela participar ou tiver uma palavra a dizer.
- É por nunca ter ganho uma única eleição legislativa, mas ter provado e usufruído das benesses do poder, que Paulo Portas se converteu naquilo que ele, de facto, sempre foi: um reaccionário que entende o aparelho de Estado como um banquete privado para distribuir prebendas pelos seus boys e gerar a intriga nas fileiras dos seus próprios colegas de governo, como fez com o ex-ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira que foi literalmente expulso do poder para dar lugar a Pires de Lima, um ministro impreparado de que não rezará a história e que deixou a economia pior do que quando a encontrou.
- O legado de Portas na política não é, portanto, diversa daquele "legado" cínico, mau e pérfido que Paulo Portas deixou enquanto antigo director do jornal Independente durante os anos 80 e 90. Envolvido em encândalos no domínio da Defesa, cujo processo de aquisição dos submarinos está longe de estar esclarecido, fazem deste player da teatrocracia nacional, um elemento de permanente suspeita e de que a democracia deve estar constantemente vigilante.
- Aliás, e se dúvidas houvessem relativamente ao que aqui é escrito, bastaria acompanhar os gestos, as condutas, as palavras, por acção e omissão, deste personagem para reconhecer a maior das hipocrisias, raiando a náusea.
- Frequentar lares e beijar pessoas idosas e doentes em contexto pré-eleitoral, algumas das quais à beira da morte, e, depois, no poder, legislar directamente contra elas, privando-as até do acesso aos medicamentos e aos cuidados de saúde básicos, é a face mais negra deste político que os portugueses devem começar a esquecer o mais rapidamente possível.
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