80 anos depois, doutorada "com grande distinção. Uma notícia excepcional
“Após quase 80 anos, devolvemos algum sentido de justiça” declarou um emocionado, Burkhard Göke diretor do hospital da Universidade de Hamburgo, não sem lamentar o facto de não se poder alterar o passado.
Ao ser-lhe recusada a hipótese de apresentar a tese sobre difteria - uma doença bastante comum e perigoso na primeira metade do século XX, em particular na Alemanha - Rapoport não conseguiu terminar o curso no seu país. O próprio reitor à época, Rudolf Degkwitz, pediu desculpas à estudante por carta, confessando “que devido às leis raciais nazis, a Sra. Sylmm nunca poderia terminar o seu doutoramento.”
Syllm-Rapoport emigrou nesse mesmo ano de 1938 para os EUA, sem curso ou doutoramento. Poucos meses depois conseguiu acabar a formação através da Universidade de Filadélfia, graduando-se em pediatria, área em que trabalhou até 1952, quando se fixou na RDA com o marido (também ele socialista).
Em Berlim tornou-se a primeira diretora e a especialista residente do Hospital Universitário de Charité, na unidade de neonatolagia.[...]
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