António Costa renuncia quarta-feira ao mandato na Câmara de Lisboa

O presidente da Câmara de Lisboa anunciou esta terça-feira que irá apresentar, na quarta-feira, em reunião da câmara, um pedido de renúncia ao mandato. [...]

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Obs: O edil da capital demorou 90 dias para compreender que era impossível estar montado no "caterpillar" da autarquia e, simultaneamente, pedalar em pista paralela em direcção ao Palácio de São Bento. Pelo meio surgiram múltiplos problemas relacionados com o governo local (aumento brutal das taxas da água/140%, qual imposto escondido), tentativa de criar um regime de isenção especial de taxas para o SLB (agravando a percepção da desigualdade fiscal entre os portugueses, já atulhados em impostos), declarações menos felizes que logo foram exploradas mediaticamente. Ou seja, permanecer na CML tornou-se mais uma desvantagem do que vantagem. 

- Enquanto esse impasse se enquistava no tempo a oposição ao Governo, que é há muito um cadáver adiado, é feito pelo BE e pelo PCP e alguns media, restando a A. Costa uma grande dificuldade para explicar ao eleitorado o que faria diferente, acelerar a feitura do seu Programa de Governo (em gestação) e criar na opinião pública um esboço do que será o conjunto das políticas públicas para combater o défice público, o desemprego e a grave incapacidade em atrair Investimento Directo Estrangeiro para aqui gerar emprego, riqueza e prosperidade. 

- Provavelmente, no computo geral destes 8 anos de mandato - que ora se interrompe por causa das legislativas - o balanço é positivo, ainda que existam inúmeros aspectos das políticas urbanas que ficaram por fazer, desde logo pela incapacidade básica em tapar os buracos em artérias nobres da cidade...

- Esperemos, doravante, que a renuncia de Costa na CML coincida com o não aumento de mais taxas em Lisboa - e que essa libertação de tempo constitua um recurso precioso para que a liderança da oposição se afirme e se possa criar uma verdadeira alternativa a um amontado de pessoas que ocuparam S. Bento e que a única coisa que sabem fazer é onerar os portugueses em impostos e cortar nas prestações do Estado social - que está em franco desmantelamento. 

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