AS PROMESSAS CONFIÁVEIS - por Maria Manuel Marques -
Pensemos então um pouco mais sobre o valor das promessas, essas que esperamos já para próxima legislatura.
Quantas promessas nos fizeram em 2011 que não foram cumpridas pelo atual governo? Quantas vezes nos queixámos amargamente do engano? A não subida dos impostos, a grande reforma do Estado, na despesa, que todos sabiam exatamente como devia ser feita. Quantas justificações pífias foram dadas a seguir, parar não falar do inesquecível e tardio texto, ampliado a corpo de letra 16 para aumentar o número de páginas do documento, sobre uma reforma do Estado que de reforma tinha muito pouco.
Sejamos então coerentes. Em primeiro lugar, exijamos que as promessas do PS sejam claras para as podermos perceber. Em segundo lugar, que o seu custo seja calculado, quando ele existe, para podermos acreditar. Em terceiro lugar, que as promessas sejam calendarizadas para podermos controlar se foram ou não executadas. E em quarto lugar, se não for pedir de mais, que as promessas sejam mais tarde avaliadas para ficarmos a saber qual foi o seu resultado.
Se no fim de todas estas exigências as promessas forem menos e demorarem um pouco mais a aparecer, se nos livrarmos em definitivo de uma lista telefónica para (não) ler, o resultado terá sido muito melhor do que a encomenda, e a política de gente séria terá ganho à política dos vendedores de ilusões.
Poderemos até passar essas promessas para o nosso calendário e mandar apitar no dia, mês ou ano em que devem ser cumpridas. Olha, não é que lá se foi a número 5! Desta vez foi mesmo para valer.
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