Carlos césar revelou-se um pequeno César e quer ser mais papista que o Papa
Tanto Cavaco Silva, como o Governo de José Sócrates consideram que a compensação aprovada pelo Governo Regional para os cortes ditados pelo Orçamento de Estado para 2011 pode ser inconstitucional. Mas o PS-Açores, segundo um comunicado do seu secretariado regional, está desagradado com Cavaco, por “voltar a desconsiderar frontalmente os Açores e o seu sistema de auto-governo”. Público
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Obs: É pena que o sr. César misture questões partidárias e eleitoraleiras com questões nacionais, que remetem para o esforço global que os portugueses têm que fazer para compensar as finanças públicas, uma situação em que não deveria existir excepções que abrem precedentes perigosos que minam a coesão entre os portugueses das ilhas e do continente. Contudo, ficamos todos a saber que se a folga financeira no Gov regional dos Açores é assim tão grande, é de admitir que as contribuições da Administração central - no quadro do OE/2011 - sofrerão uma redução proporcional à manutenção daquela folga (eleitoraleira) que César quis dar junto dos funcionários públicos dos Açores. César pode ter ambições à liderança do PS, mas não deveria encontrar brechas na lei para excepcionar os funcionários públicos açorianos em detrimento dos cortes salariais que os seus congéneres sofrem no continente. Esta discriminação positiva em favor dos FP açoreanos é inadmissível e grotesca num ambiente de grave crise económica, social e financeira que Portugal atravessa. Com isto, este pequeno César foi mais papista que o Papa. Poderá ganhar no imediato, mas no médio e longo prazos esta benesse terá um efeito de boomerang.
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