A vida de Assange assemelha-se à de bin Laden: ambos nómadas de luxo
Nota prévia: Se este sujeito fizesse na Rússia, na China ou noutra democracia hiper-musculada - o que anda a fazer nos EUA e na Europa que integramos, a sua cabecinha maricada já teria sido literalmente cortada e dada aos Tigres da Sibéria como consolo do regime. Como estamos no ventre mole das democracias europeias, saídas da Revolução francesa, temos paciência para aturar este tipo de degenerescências civilizacionais disfarçadas de falsos activismos altruístas. Roma não costuma pagar a traidores, veremos se agora se abre um grave precedente!! Já agora, alguém se lembra como terminou a vida da jornalista russa, Anna Politkovskaia, conhecida pela sua cobertura crítica à guerra na Tchetchénia? foi encontrada assassinada. Certamente, não foram os anjos do Kremlin...
Sabe-se que o site "Wikileaks" foi vítima de ciber-ataques depois de ter começado no passado domingo a divulgar comprometedores telegramas diplomáticos dos Estados Unidos. Confesso que me interrogo porque razão a intelligence ainda não o neutralizou, não sendo necessário eliminá-lo físicamente, como é óbvio, e segundo as regras do estado de direito.
Divulgar conversas privadas é, ou deveria ser crime. Em tempos um tipo - ainda com traços familiares fez isso - e, confesso, acho esse acto uma das coisas mais miseráveis do mundo, sobretudo quando se tratam de conversas privadas, desabafos, coisas que não diríamos públicamente, ainda que sejam verdadeiras e temos todo o direito de as dizer no foro privado.
Mas a obsessão e a patologia de Julian Assange entende que tudo deve ser violado, até telegramas sem o mínimo interesse público, tudo serve para ser espiolhado criminosamente. Nem que para isso tenha que violar os acessos das redes de comunicação alheias. Este voyeurismo, este big brother à australiana - deve ser sancionado pela comunidade internacional, sob pena de amanhã estarmos todos sob censura de um big brother que se arrogará no direito de reinterpretar as nossas próprias palavras, declarações privada e públicas. No limite, aquilo que o sr. Assange revela é uma personalidade facistóide, é pena que não canalize o seu serviço de espionagem electrónico para o que se passa nas ditaduras africanas e asiáticas, ou será que esta realidade já não preocupa este sociopata virtual dos tempos modernos?!
A esta luz, congratulo-me pelo seu site ter sido bloqueado, mas o "artista" encontrou logo refúgio na Suíça, operando agora através de outra morada. Deve ser para continuar a denunciar as verdadinhas do Sr. de La Palice. A quem servem estas denúncias? Será que ele já se interrogou acerca do que as sociedades do mundo inteiro sabem acerca dos respectivos governantes? Muitos de nós, seguramente, sabemos bem mais do que as tretas estampadas naqueles miseráveis telegramas da "Wikifake", que lembram o role-playing daquele Tio calhorda, com mente pidesca e execrável, que para agradar a um dos sobrinhos denuncia o que o outro pensa. Isto é abjecto e infame, e deveria ser criminalizado.
Enfim, esta é mais uma narrativa pós-11 de Set. para manter o mundo entretido em fofocas, com um sociopata a fugir dos serviços de inteligência do mundo inteiro e com a Interpol atrás de si, qual bin laden do séc. XXI, revelando que a forma de comunicar e de fazer diplomacia tem de rever os seus canais de comunicação, já que os existentes não oferecem a mínima garantia de sigilio. Esta alteração no padrão de comunicar entre países vem também questionar a forma de comunicar no plano privado, já que é da confiança que se trata, e que nunca como agora foi tão abalada e de forma tão gratuita. Assange não tem o direito de por os agendas-setting do mundo inteiro a falar nele, mas o mundo inteiro já conquistou o direito de escrutinar a sua vida pública e privada, a fim de identificar as causas profundas e remotas, as motivações que levaram este pequeno bandido virtual, bárbaro-nómada dos novos tempos, a questionar um conjunto de informações que todos já sabíamos. É para isto que utiliza as TIC...
Creio que John Lennon foi assassinado porque, um dia, o músico não prestou a devida atenção a um idiota que lhe pedira o autógrafo, e neste caso não me surpreenderia nada que as motivações de Assange, e o seu padrão de comportamento obsessivo contra os EUA, tenham por base uma pequena vendetta pessoal ainda mal resolvida no seu (in)consciente. Mas o que mais me assusta neste padrão comportamental vigente em Assange, é supor o seguinte: se amanhã muitos países onde hoje vigoram sólidas democracias pluralistas, por um azar da história ou qualquer outra vicissutude das dinâmicas sociais, degenerasse para uma ditadura (ou até, no limite, para regimes totalitários) - tipos como Assange, seriam os primeiros a subscrever essa inversão política e civilizacional, tal como a figura do Tio empedernido com mente pidesca, e isso é uma ameaça à democracia pluralista, à liberdade e à civilização de valores que construímos e queremos que continue a vigorar no seio das nossas sociedades.
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