O cobrador do fraque de Bruxelas: Olli Rehn
Na imagem vemos dois homens, mas só um segura a chávena e comporta-se como um padre no confessionário enquanto o outro se confessa (ou suplica!!), tentando obter a absolvição dos seus pecados e, de preferência, que o dito cobrador do fraque não lhe peça mais sacrifícios à economia nacional e aos portugueses, que já andam com o garrote fiscal no limite. Esta parece ser a "estória" da Europa no que diz respeito a Portugal: a Europa, através do sr. Olli Rehn, comissário para os Assuntos Económicos - diz a Teixeira o que deve cortar, onde e como. Mas Teixeira tenta dizer-lhe que o "como e onde" é feito em Portugal pelo governo legítimo ainda em funções. Desconfio, perante este pacto leonino que Portugal tem com a Europa, e que é cada vez mais visível à medida em que empobrecemos, que os especuladores financeiros estão a comer os juros da dívida soberana em Portugal porque entendem que os portugueses são uma cambada de analfabetos, que falam todos aquele execrável "inglês de doca" proferido pobremente pelo sr. Olli, e nessa medida nenhum investidor externo tenciona investir em Portugal porque acha que seria meter dinheiro em bolso roto, dada a nossa impreparação ao nível dos recursos humanos. O sr. Olli deve supor que Portugal é uma retrosaria, onde ele chega e pede os botões que quer comprar, definindo para cada um deles o preço que os patrões da Europa, alemães e franceses, ditam pela via bruxelense. Se assim for, esta Europa já de pouco serve, admirando-me o que Barroso lá faz se também não a reforma. Na prática, tenho para mim que o sr. Olli fala tão bem o inglês como Barroso dirige a Comissão. Um e outro são bem o rosto duma Europa decadente, que perdeu estatuto, poder e influência no mundo, e que apenas tem como doutrina exigir mundos e fundos das pequenas economias do Sul da Europa que estão com a corda na garganta. E comos os especuladores têm confundido Olli com Teixeira dos Santos, tenho para mim que essa é a razão que explica a subida dos juros da dívida soberana portuguesa (quase nos 7%, na antecâmara da entrada do FMI) que hoje nos empobrece enquanto povo e nação.
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