terça-feira

Noções básicas de turismo post-moderno

Um dos desafios das empresas e operadores de turismo em Portugal, e all over the world, é saber como fazer regressar o turista que os procurou uma vez. A ideia, no limite, é fazer com que regressem sempre, mas se tal não for possível, porque nada é para sempre, já é bom que regressem algumas vezes. Pelo que o turista tenderá a valorizar mais ou está disposto a pagar mais quanto maior qualidade encontrar no seu acolhimento e ao nível dos serviços prestados.
É aqui que o efeito multiplicador desta atitude positiva poderá levar algumas pessoas envolvidas nesta relação, seja entre estrangeiros ou através do chamado turismo doméstico, a reforçar a capacidade de os fazer voltar e, ao mesmo tempo, de fazer com que recomendem o seu destino (país, hotel, pousada, wherever) aos seus amigos e conhecidos.
Portugal é conhecido no mundo - pelo seu belo sol e praias (Eusébio, Amália, hoje Cristiano, o fado, o Benfica, Nossa Srª de Fátima, os três pastorinhos com fraqueza que tiveram alucinações e conexos), mas este é o conceito tradicional ou o slogan do turismo em Portugal ao tempo em que os Beatles ainda estavam no auge da fama, há muito tempo, portanto!!
Hoje acolher bem envolve outros "plus" que urge racionalizar sob pena de perder o comboio para outros passageiros e operadores turísticos.
Gostava de ver Sócrates, à semelhança do que fez na Cimeira da NATO, ainda que o turismo seja uma actividade maioritáriamente dinamizado pela economia privada, promover uma Conferência Internacional de Turismo lusófono para debater as questões que ligam ou interessariam a esses dois mundos unidos pela história, pela língua e pela cultura, e cujos laços hoje se tornam imprescindíveis a ambas as economias e sociedades, especialmente quando a Europa se torna um patamar de recursos finitos que já não nos permitem crescer, modernizar, fazer negócios e aumentar riqueza e bem-estar.
Daí a importância da África (lusófona) para Portugal que está a assistir a outros aproveitar essas potencialidades. E é pena que assim seja, até porque pouparíamos logo nas traduções...

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