sexta-feira

As tabletes d' ouro do BdP. Há petróleo no Beato..

Desde miúdo que sempre ouvi dizer que António de Oliveira Salazar, esse grande "democrata", teve muitos defeitos: empobreceu Portugal pelo modelo de desenvolvimento escolhido, manteve o povo analfabeto e profundamente virado para a agricultura e depende do exterior, andou de mão dada com a igreja que, até certo ponto, foi um pilar da ditadura, coadjuvou-se na PIDE-DGS privando os portugueses de liberdade e democracia, e o mais.
No plano externo, a "raposa" Salazar foi talentoso, ao desenhar uma neutralidade colaborante que lhe granjeou manter o Adolfo à distância e o Franco à coca, o resultado foi o não envolvimento de Portugal na II Guerra Mundial (1939-45), poupando o país e as suas populações a uma total destruição, à semelhança do que sucedera nos países do Velho Continente.
Mas..., há sempre um but nesta estórias, Salazar, que era poupadinho, encheu as catacumbas do Banco de Portugal com barras de ouro, que agora poderia servir para algo mais do que enfeitar as caves do BdP.
Como não comemos aquelas tabletes e julgo que servem para algo mais do que estarem estacionadas nos cofres, vender parte desse património nos mercados internacionais, já que estamos numa situação de emergência, talvez não fosse uma ideia marginal. A não ser que também essas tabletes já se tenham esfumado ou derretido na compra de algum submarino ou nalguma PPP (parceria público privada) que hoje engatou Portugal a um tractor com o motor gripado.
O ideal, neste momento, era descobrir "Petróleo no Beato", como em tempos Raul Solnado chegou a dramatizar numa peça que alguns recordam.
Mas se houvesse petróleo o país teria logo uma outra dificuldade, que era a de arranjar um ditador histriónico, ao estilo de Hugo Chavez, que fizesse o role-playing de feitor da herdade debitando milhões - dizendo que compraria este mundo e o outro. Talvez fosse bom para os mercados internacionais, já que hoje nada se passa sem que eles tomem conhecimento. Até as quecas da rainha de Inglaterra interessam aos ditos mercados, que me perdoe a monarca...
Pensando melhor, talvez Alberto João Jardim, pelas caracretrísticas similares às de Hugo Chavez, pudesse representar esse papel. No fundo, Portugal precisa é deste tipo de empreendedores e de risk-takers!!!
Seriam como que uma espécie dos novos challengers da Patagónia, mas no rectângulo lusitano...

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