sexta-feira

A Grande Porca, evocação de Rafael Bordalo Pinheiro

Cá pelo país está tudo diferente e tudo na mesma. As lutas pelo poder continuam. Os partidos sucedem-se. Ainda há algum tempo em conversa com Rafael falámos sobre isso. E que a política é como uma “grande porca”, ambos concordamos. É na política que todos mamam. E como não chega para todos, parecem bacorinhos que se empurram para ver o que consegue apanhar uma teta.
- Provavelmente, nunca outro político em Portugal beneficiou tanto da sua exposição pública como Pacheco pereira. Político, analista faccioso e decadente, turva as questões e assim vai de campanha em campanha para se promover a ele próprio mais o seu imenso ego. Os media satisfazem-lhe essa gula, a sua clique alimenta essa nóia e o próprio lá se vai iludindo pensando e fingindo que é um cérebro excepcional, muito acima dos outros, encontrando sempre o ângulo morto das questões e dos problemas. Lamentavelmente, nos últimos anos este historiador maoista tem-se tornado num homem com uma mente persecutória, seja porque internamente no psd as suas teses têm sido vencidas, assim como as líderes que tem apoiado, seja ainda porque nos demais partidos não há espaço para acolher as suas mestelas. Resta ele próprio apoiar-se mais a noção excepcional que o sujeito faz de si no maior dos exercícios narcísicos em Portugal.

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