A capa do Expresso revela a mentira do país que temos
A capa do Expresso é composta por um conjunto de fait-divers que nenhum interesse têm para o país-real, apenas revelam interesse partidário para os promotores das estórietas alí veiculadas: Fernando Lima tenta limpar a sua testada; Santana lopes engraixa Marcelo; o poeta Alegre quer ser PR; e Cavaco não tem feito outra coisa senão campanha eleitoral a partir do Palácio Rosa. Portugal reduziu-se a essa coisa ignóbil que é a mentira em política. Cavaco não preside a um país chamado Portugal, está mais interessado em favorecer o PSD agraciando o pior PM pós-25 de Abril, Santana lopes; Marcelo não está interessado em S. Bento porque sabe antecipadamente que perde para Sócrates, ele deseja é Belém, que está ocupado por Cavaco; Alegre não sabe o que quer, ou melhor, julga que os portugueses o querem para algo mais do que para ler os seus poemas e recuperar a memória das últimas eleições presidenciais em que o poeta recolheu 1 milhão de votos, hoje em estado gasoso. Lima foi um assessor anti-constitucional por ter conspirado contra a democracia, a liberdade e a lei, deveria ser julgado em tribunal, além de já ter sido julgado no tribunal da opinião pública (e publicada). Ou seja, a mentira política é o dispositivo que ajuda a reinterpretar todas estas ambições, vontades, expectativas e interesses. Todos eles mentem, ocultam a sua efectiva verdade e, por essa razão, deveriam ficar automáticamente inibidos de desempenhar funções públicas, porque trabalhando eles para ocultar as suas verdadeiras intenções mentem mais uma vez ao eleitorado caso venham a ser eleitos por um povo com baixa cultura política e que vive mais de ilusões e alienações do que de verdades e realidades. Mesmo não se tratando já duma mentira deliberada, Portugal pode estar já a viver a mentira no seu inconsciente. Todos aqueles players padecem de uma patologia política que se pode definir como a sinceridade consciente de quem mente, porque reprimiu a mentira no inconsciente, e é isto que que explica a razão política da sua existência. Nada daquilo tem a ver com os interesses socioeconómicos efectivos dos portugueses. A capa do Expresso hoje representa a máxima potência do fenómeno da mentira política em Portugal, e isso é profundamente lamentável.
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