O Irão não tem emenda: morrerá teocrático, medieval, quezilento e criminoso
Irão acusa Londres de ingerência e endurece posições
por L. N.Hoje
Num domingo mais calmo, a televisão estatal iraniana disse que nas manifestações de sábado morreram dez pessoas e ficaram feridas cem, mas a culpa da violência foi dos "terroristas armados"
O Irão endureceu ontem as críticas em relação a alegadas interferências ocidentais na crise política, com acusações especialmente fortes contra o Reino Unido. O balanço oficial de vítimas da repressão das manifestações de sábado eleva-se a dez mortos e cem feridos, isto segundo a televisão estatal, para quem a culpa da violência foi de "grupos terroristas" que tinham armas de fogo e explosivos.
O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Manouchehr Mottaki, acusou ontem Londres de ter planeado a crise durante dois anos e de ter enviado elementos ligados aos seus serviços secretos para perturbar as eleições presidenciais. Os ingleses já rejeitaram estas acusações.
Por seu turno o presidente eleito do Irão, Mahmud Ahmadinejad, juntou Londres e Washington nas acusações "de ingerência", cuja paragem exigiu num texto publicado no seu site de internet.
Ontem, as ruas de Teerão estiveram calmas e não houve manifestações. O governo iraniano convocou entretanto todos os embaixadores e representantes dos países da UE. Várias embaixadas receberam pedidos de refugiados, tendo algumas recusado.
Apesar da calma nas ruas, a repressão do movimento reformista não parece abrandar. Há escassos relatos independentes da situação, mas todos apontam para uma grave violência política. Jornalistas ocidentais foram presos ou expulsos (incluindo da BBC e Newsweek) e houve um número indeterminado, que se presume alto, de pessoas detidas, incluindo três jornalistas.
A nível diplomático, a chanceler alemã, Angela Merkel, liderou ontem as pressões internacionais, com uma intervenção muito crítica, onde apelou aos dirigentes iranianos para que "aceitem a recontagem dos votos". Segundo Merkel, o regime iraniano terá de "autorizar as manifestações pacíficas, não usar violência contra os manifestantes, libertar os opositores presos e autorizar os media a cobrir os acontecimentos livremente". Os EUA também já aumentaram o tom das críticas, apesar dos riscos. Os dirigentes americanos dizem que não podem influenciar os acontecimentos, apenas observar.
Obs: Os regimes teocráticos são tão maus para o desenvolvimento, a coesão social, violadoras de todos os direitos, liberdades e garantias que até quando se perdem em justificações a estupidez tem um sabor amargo, diabólico, um verdadeiro atentado contra o próprio interesse nacional sempre fundado no velho bode expiatório (externo) entre o RU e os EUA. O louco Ahmadinejad não tem elastecidade mental para mais, reflexo duma imagem tão pacóvia quanto diabólica agravada pelo peso excessivo dos ayatolas no país - que também parecem estar divididos.. Alí a palavra "reforma" vale tanto como o regresso da "ditadura" em Portugal, um expediente para reformar Portugal, segundo alguns líderes da oposição...
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