domingo

Zapatero e Sócrates confiantes na vitória dos partidos de esquerda

Os líderes socialistas de Portugal e Espanha, José Sócrates e José Luís Rodríguez Zapatero defenderam, este sábado, o apoio à esquerda nas próximas eleições europeias, que consideram vital para conseguir que a Europa ultrapasse a crise.
José Sócrates e José Luís Rodríguez Zapatero defenderam, este sábado, o apoio à esquerda nas próximas eleições europeias, que consideram vital para conseguir que a Europa ultrapasse a crise.
«Há uma escolha a fazer, entre uma visão da esquerda e da direita para Europa. Os cidadãos europeus devem perceber que este é o momento para construir uma Europa com um esforço mais regulador, com mais pendência social e que isso só se consegue com uma vitória da esquerda», sublinhou José Sócrates, em Valência.
Em declarações aos jornalistas portugueses, Sócrates e o seu homólogo espanhol José Luís Rodríguez Zapatero explicaram que a participação conjunta, no comício do PSOE em Valência e, mais tarde, no comício do PS em Coimbra é «uma ajuda mútua, entre companheiros e amigos».
Questionado pela Lusa sobre a dificuldade de mobilização do eleitorado socialista, Zapatero afirmou que a campanha serve, exactamente, para «convocar as pessoas a irem votar, para explicar porque devem votar e porque devem votar socialista».
Sócrates referiu também que os dois comícios, hoje em Valência e mais logo em Coimbra são «uma homenagem as dois partidos que nunca se enganaram e que nunca tiveram duvidas que os destinos de Portugal e de Espanha se cumpriam no projecto europeu».
Obs: Aos tempos em que de Espanha se dizia que nem bom vento nem bom casamento, hoje as duas economias estão cada vez mais interdependentes, os respectivos povos estreitaram as suas relações e cumplicidades (casando mais entre si), as sociedades de ambos os lados assumiram um padrão de modernidade nos gostos e nas formas de ser e de estar (o consumismo faz o resto..) e, doravante, temos também os dois PMs - de Espanha e Portugal - a fazer campanha eleitoral de forma conjunta a fim de potenciar os resultados eleitorais e, no limite, revigorar o ideário e o programa das esquerdas para (re)contruir uma nova Europa: mais solidária e desenvolvida.
Hoje, de Espanha deverá passar a dizer-se que do outro lado da fronteira sopra bom vento, bom casamento e, já agora, campanhas eleitorais conjuntas em nome da Europa - mas também do iberismo...