segunda-feira

"Dêem-lhes peixe e ensinem-nos a roubar" - plo Jumento -

Durante décadas não houve em Portugal qualquer política de combate à pobreza, quem era pobre ou morria pobre ou fazia para deixar de o ser, para muitos a solução foi a emigração, os que podiam faziam sacrifícios para mandar os filhos para a escola numa tentativa de quebrar o circulo da pobreza. Os subsídios não existiam, as escolas eram escassas, os bairros sociais eram raros, mas mesmo assim muitos conseguiram fugir à pobreza, não só conseguiram fugir à miséria a que pareciam estar condenados como contribuíram para o desenvolvimento do país, no caso dos emigrantes foram as suas transferências que durante anos permitiram o reequilíbrio das contas com o exterior corrigindo o défice estrutural da balança comercial. (...)

Obs: Vale a pena ler o resto da reflexão, já que a pobreza e a violência têm um longo historial, mas nunca como hoje essas duas variávéis foram tão abusivamente interpretadas e correlacionadas para servir e justificar os interesses oportunistas duma certa direita e da extrema esquerda hoje ocupada pelo BE e pelo PCP. Eles próprios - dinamizadores duma certa violência política - que se adensa em contexto de campanha eleitoral.

Atrevo-me a dizer que até na clandestinidade o PCP usava e abusava de métodos fascistas, e só não digo o mesmo do BE porque, então, ainda nem sequer era um projecto.

Trata-se, no fundo, duma revisão da doutrina Deng Xao Ping aplicada ao contexto social e securitário nacional.

Leia-se, pois, o resto da reflexão assinada pelo Jumento no seu Editorial d'hoje.