sábado

Dança Indiana Loka. A putativa campanha do maior partido da oposição. Narrativas (de campanha) desesperadas

Dança Indiana Loka

Dizem-me da Lapa que a campanha laranja seguirá algumas orientações sonoras de vanguarda. Falaram-me em música indiana, e não foi difícil imaginar a líder da oposição a representar aqueles passes em sede de campanha eleitoral, seja na Lapa, em Belém, no Campo "Piqueno", wherever...

Com efeito, vivemos tempos difíceis, incertos, surpreendentes em que tudo é possível neste novo admirável mundo novo, até ver líderes da oposição aos pulus na colunas da disco-nigth da capital. Uma forma de potenciar high visibility e, assim, promover o famoso marketing de pessoas - que, de facto, algumas pessoas precisam. E isto nada tem a ver com a estética ou com o capital genético, remete antes para os projectos e programas que cada candidato às legislativas, neste caso, tem para oferecer ao País.

Outras das funções do marketing incluem tentativas verdadeiramente morfológicas para operar a mudança, o que é visível nos outdoors da srª Ferreira distribuídos amiúde pela cidade, causando acidentes de viação e outros estragos à comunidade, para susto de todos e de cada um dos munícipes dos vários concelhos limítrofes a Lisboa. A ideia, claro, é converter aquilo que é impopular e mau numa banana aceitável. É como se alguém pusesse molas na barriga para esticar a pela da cara, o que é uma maldade aos visados, sem que isso traga algum activo para os programas políticos de certos candidatos.

Todavia, gostaria de dizer aqui ao meu amigo que me sugeriu aquela opção da música indiana, como forma de coreografar a campanha laranjinha, que se aventurem antes nesta opção mais ocidental de So Sexy, de Jamie Lewis, quem sabe assim o mercado eleitoral possa emprestar maior ritmo a uma songa-monga que nem para contabilista duma PME falida do Vale do Ave servia.

Há coisas, e pessoas, que nem bordadas ou coroadas a ouro lá vão. Resta-nos ouvir o Jamie Lewis e fingir que aqui não falamos duma certa líder da oposição que, essa sim, assusta a própria democracia e mete medo ao medo, para utilizar uma expressão popular. Numa espécie de versão laranja da srª Ilda Figueiredo, qual móvel Luíz XIV do PCP alapado na Europa - a cuja integração sempre contrapôs os interesses de Portugal na União Europeia.
Só por essa razão, até me apetece ser aqui mais alarve do que a srª Ferreira leite, quando debita que a "democracia em Portugal está doente" (e deve ser de Parkinson do pós-cavaquismo) - para aduzir que todos os candidatos a eurodeputados têm o direito de aceder ao Parlamento Europeu com excepção dos candidatos do PCP - que sempre se opuseram à integração de Portugal na então CEE.
Quem não os conheça...
So Sexy - Jamie Lewis & DJ Pipi Kim Cooper