O catch de Santana
Hoje percebe-se melhor a razão pela qual Durão Barroso designou Santana de um misto de "prof. zandinga com gabriel Alves"...
O jumento na sua edição d' hoje deixou-se "colonizar" por umas imagens de um candidato que, se tivesse alguma vergonha política, já teria emigrado para o corno d´África. Adiante. Ou melhor, doravante, o autor do blog sugere que o "menino-guerreiro", que agora tem a lata de se auto-proclamar "D. Sebastião" (como se a história - para ele - fosse como o semestre-negro em que Santana estagiou em S. Bento) - estivesse a fazer uma sessão de "brainstorming ou a mudar a água às azeitonas". De facto, a situação é caricata, e quer a autarquia, S. Bento ou mesmo a freguesia das Olaias não mereciam este triste espectáculo. Ou, mais técnicamente, um catch - em que a função do personagem não é a de vencer (ou sequer apresentar um projecto credível para Lisboa), mas apenas a de executar exactamente os gestos que dele se esperam. E o António Costa lá vai pagando as dívidas, restituindo a credibilidade (perdida) à CML, devolvendo-lhe também alguma capacidade de planeamento e de construção do futuro numa cidade que nem os esgotos frente ao Cais das Colunas tinha em condições. Regressando ao "menino-guerreiro" - ele é from now on autor duma técnica que estimula e propõe gestos excessivos, em que sempre foi pródigo, mas agora eles (os gestos!!!), para terem algum efeito, têm de ser explorados até ao paroxismo da sua significação. Tudo isto conduz a um resultado: o vazio no mais puro e triste teatro. Evoca-me a história daquele info-excluído a quem um dia, por mero acaso ou erro, o Pai Natal ofereceu dois portáteis, e ele como não sabia funcionar com nenhum, escavacou ambos...
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