quarta-feira

Vieira da Silva afasta redução de salários em Portugal

O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, rejeitou esta quarta-feira uma eventual redução dos salários, referindo que tal poderia conduzir a um ciclo vicioso e levar o país a uma «ruptura social».
«Não sou adepto de políticas radicais. Não é uma solução viável nem eficaz do ponto de vista da economia», disse o ministro no encerramento do primeiro dia da conferência «Crise, Justiça Social e Finanças Públicas», que decorre na Faculdade de Direito de Lisboa, avançou a Lusa. (...), in PD
Obs: Vieira da Silva deveria perguntar ao economista do Montepio Geral se ele já começou a dar o exemplo, ou se se trata apenas de demagogia económica e vontade de protagonismo em ano eleitoral. De resto, Silva Lopes é a face mais moderada do fiscalista Medina Carreira: aquele diz que os salários dos portugueses devem baixar (não disse quais nem que montante), este diz que os partidos são "casas de p...." São receitas de 1974 que hoje, a serem aplicadas, aumentariam ainda mais a retracção ao consumo. A solução menos dolorosa passará, porventura, por um Acordo de Concertação Social, i.é, uma estabilização dos salários mas de forma concertada (e não como Lopes defende), mas para isso é necessário que a CGTP não seja mais papista que o papa, e exiga ao Governo e ao patronato aquilo que ambos hoje não podem dar. Em tempo de recessão todos têm de ceder - para que a corda não rebente.
Confesso que entre ouvir Silva Lopes e Medina Carreira, prefiro este - com quem ainda se dão umas valentes gargalhadas. Embora um e outro na governação - hoje - só empobreceriam o país e agravariam as condições de vida das famílias em Portugal.
Que fiquem analistas da catástrofe.