Proibir preservativo "é consentir mortes.
Natália Ferraz
Proibir preservativo "é consentir mortes", in CM
O Bispo das Forças Armadas, D. Januário Torgal, considerou este sábado que proibir o preservativo é consentir em muitas mortes e criticou a imprensa por não aproveitar as declarações do Papa Bento XVI na denúncia da corrupção em África.
'É claro que há circunstâncias, e do ponto vista médico não tenho qualquer dúvida, em que proibir o preservativo é consentir na morte de muitas pessoas', afirmou D. Januário Torgal, considerando que nesta área, 'as pessoas que estão a aconselhar o Papa deveriam ser mais cultas'.
Não escondendo a discordância com as palavras de Bento XVI, que antes de iniciar uma visita a África afirmou que o preservativo não resolve o problema da sida e até o agrava, D. Januário não deixou de criticar a comunicação social por não dar mais ênfase às declarações do Sumo Pontifíce sobre os problemas do continente africano. 'Por que é que os senhores jornalistas não deram destaque ao apelo do Papa contra a corrupção, lavagens de dinheiro, guerra e outras poucas-vergonhas em África?', indagou o Bispo das Forças Armadas.
D. Januário lamentou ainda que os jornalistas não souberam aproveitar 'o poder que o Papa tem para falar de temas como a corrupção, interesses das grandes potências, esclavagismo, guerra e neocapitalismo de chefes de Estado'. Obs: Januário Torgal é um bispo corajoso. Pergunte-se ao Papa se não o quer aproveitar para seu conselheiro para os assuntos sexuais e morais (e medicinais) e outros que tais. Salvavam-se muitas vidas que até poderiam engrossar o rebanho e, desse modo, potenciar a influência da igreja no mundo. O Papa Bento XVI está a ver mal o filme, sob todos os ângulos.
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