Governo sombra na tsf

Depois de ter deixado assentar a poeira sobre a utilização de vernáculo no Parlamento, o Governo Sombra reflecte sobre os palavrões na vida pública. Socorre-se, para esse fim, da intervenção do PGR (Procurador Gramatical da República?) na Assembleia da República a respeito da utilização da palavra (palavrão?) "empoderamento" numa lei redigida pelo Governo. Também se fala do que os militantes socialistas chamam uns aos outros, do idílio luso-angolano e de outras coisas mais, que agora não vêm ao caso.

Obs: Esta semana o Governo sombra foi deveras interessante, analisaram-se as qualidades e o alcance do português vernáculo, por referência às baboseiras do deputado do psd Eduardo martins. O mais interessante, e nem sempre nos damos conta disso, é que o mundo está organizado em linguagem, formada por palavras e nem sempre acertamos nos seus significados. A desvantagem consiste em que muitas vezes deixamos de nos compreender mutuamente, ainda que empreguemos os mesmos vocábulos dizendo (aparentemente) as mesmas coisas, mas pensamos (em substância) coisas diferentes. Esta desvantagem é, portanto, a ambiguidade das palavras. E a coisa agrava-se quando mandamos alguém para o c******, ainda por cima no hemiciclo sob a presença dos media.

Doravante, as faculdades deveriam começar a pensar na melhor forma de desenvolver usos diversos para a mesma linguagem. Teríamos todos a ganhar.