D. José Policarpo e os "sarilhos"... Um mestre da Comunicação induzida
A excitação do dia foram as declarações do Cardeal Patriarca, D. José Policarpo. A expressão ("sarilhos") que usou foi forte e pouco enquadrada, por isso era previsível a polémica. Mas como o common sense impera e a razão tem razões que o coração desconhece - haverá sempre o risco de uma mulher católica ao casar-se com um muçulmano ficar limitada no exercício dos seus direitos, liberdades e garantias (isto de religioso tem pouco!!). O cardeal deveria ter enquadrado a expressão, até por razões de inteligibilidade cultural, não o fazendo sabia que estava a criar uma tensão artificial. Provavelmente, até desejada para gerar polémica e, agora, haver um "bom" pretexto para a discussão religiosa entre estes dois mundos e cosmovisões que em Portugal tem sido frouxa.
A poligamia poderá ser (ainda) uma realidade socio-antropológica com que se confrontará a sujeição da mulher (ao marido), e isso representaria um choque cultural, além duma diminuição no exercício efectivo dos seus direitos cívicos. Mas entre católicos também se pratica o adultério e as associações e ONGs do sector estão pejadas de registos de violência doméstica entre casais casados pela igreja católica de Roma Enfim, a questão só tem relevância na medida em que nos obriga a todos a lermos um pouco mais sobre os contornos das outras religiões e culturas, porque a sujeição entre as pessoas será sempre uma realidade latente ou manifesta, e isso não decorre imediatamente da religião, mas do sistema de valores, ou seja da Cultura e da Civilização que marca uma determinada identidade colectiva. Como diria o Papa João Paulo II - a guerra começa sempre no coração dos homens. D. José, porventura, não tinha nada mais interessante para dizer na sua tertúlia e a Comunidade religiosa muçulmana em Portugal (que representa cerca de 40/50 mil alminhas) terá agora de interagir com D. José (era o que ele queria). Talvez um bom pretexto para quebrarem as distâncias existentes, de que D. José se queixava... O País agradece porque fica um pouco mais informado e culto no plano do relacionamento inter-religioso. Fazendo jus à nossa condição de povo pioneiro na teoria da globalização através da gesta das Descobertas em 1500. Os muçulmanos, pelo seu lado, têm agora uma oportunidade d'ouro para demonstrar que não batem nas mulheres e não as obrigam a entrar em orgias para as quais não aderem de forma espontânea. Numa palavra: D. José Policarpo é um homem tão prudente quanto inteligente, e se ele disse o que disse através da expressão utilizada ("sarilhos") foi para gerar um debate intercultural que faltava em Portugal. Fez o coelho sair da toca... E não sendo realizado de forma espontâneo, ele - mediante aquelas declarações na tertúlia da Figueira da Foz - soube induzi-lo. Dê-se os parabéns a D. Policarpo por ser um mestre da Comunicação induzida. Como o talento parece ser considerável, os portugueses pedem-lhe agora que interceda junto de Deus para escavacar a recessão em Portugal. Bastará agora declarar, noutra tertúlia, que Deus é um grande teimoso. Um teimoso invisível e, pelos vistos, também não tem biblioteca nem usa telemóvel. PS: Pergunte-se a D. José Policarpo se já desistiu da ideia de querer ser Papa... Uma estória para desanuviar:
o Mullah pergunta se eles têm mais alguma dúvida.O homem pergunta:
- Nós sabemos que é uma tradição no Islão os homens dançarem com homens e mulheres dançarem com mulheres. Mas na nossa festa de casamento, gostaríamos de sua permissão para que todos dancem juntos.- Absolutamente, não ! - diz o Mullah - É imoral. Homens e mulheres sempre dançam separados.- Então após a cerimónia eu não posso dançar nem com minha própria mulher?- Não - respondeu o Mullah - É proibido pelo Islão.- Está bem - diz o homem - E que tal sexo? Podemos finalmente fazer sexo?- É claro! - responde o Mullah - Alá é Grande! No Islão, o sexo é bom dentro do casamento, para ter filhos!- E quanto a posições diferentes? - pergunta o homem.- Alá é Grande! Sem problemas! - diz o Mullah.
Mulher por cima? - pergunta o homem.- Claro! - diz o Mullah - Alá é Grande. Pode fazer!- De gatas?- Claro! Alá é Grande!- Na mesa da cozinha?- Sim, sim! Alá é Grande!- Posso fazê-lo, então, com as minhas quatro mulheres juntas, em colchões de borracha, com uma garrafa de óleo perfumado quente, chantilly, acessórios de couro e um pote de mel?- Claro que pode! Alá é Grande!- Podemos fazer de pé?- Nãããããão, isso é que não! DE MANEIRA NENHUMA! diz o Mullah.- E porque não? pergunta o homem, surpreso.
- Porque vocês podem entusiasmar-se e começar a dançar….
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