Captatio malevolentiae

Se a expressão captatio benevolentiae significa conquistar da benevolência das audiências para uma determinada comunicação, medida ou causa - fixando aí as simpatias das pessoas para garantir as solidariedades necessárias à sua realização - no decurso de 2009 - pela virulência política que o sistema partidário irá registar - será a captatio malevolentiae - que irá dominar as relações político-institucionais - procurando a oposição fazer das audiências um martelo gigante contra o Governo em funções e, em particular, contra o PM. Ou seja, à captatio benevolentiae sucede esta outra figura de retória - a captatio malevolentiae - a que a oposição em bloco irá recuperar.

Pacheco Pereira, pela sua má fé anti-governamental, é um dos principais players e promotores desta figura de retórica em Portugal, uma intenção manifestamente visível nas fichas lidas por Ferreira Leite nos comícios que vai fazendo tentando convencer o povo que a paralisia é preferível ao Investimento Público selectivo.

Percebe-se quem as escreve, já se sabe quem as lê. Os dois consubstanciam a fórmula retórica supra-referida.