domingo

Mário Nogueira não desiste de ser o algoz da 5 de Outubro

O coordenador da FENPROF afirmou hoje que os professores retomarão a greve se o Ministério da Educação não suspender e alterar o regime de avaliação dos professores. , in Expresso.
"Se o Ministério da Educação quiser guerra, vai ter guerra, e a guerra dos professores é forte. O que exigirmos é seriedade e boa-fé", declarou Mário Nogueira, reafirmando que a reunião do dia 15, "de agenda aberta", com o Ministério da Educação abre a possibilidade de suspensão do regime de avaliação, o que contraria a tese do Governo. Em declarações aos jornalistas, em Coimbra, sublinhou que foi perante o compromisso de discussão não condicionada nessa reunião, pela primeira vez assumido pelo Governo ao longo deste processo, é que as greves regionais da próxima semana foram suspensas. (...)
Obs: o radicalismo verborreico do sr. Nogueira já nos habituou ao pior, a tal ponto de termos dificuldade em saber se fala em nome do PCP ou do BE, ou ainda em representação de Fidel ou de Kim Jong II, da Coreia do Norte - que ele também deve apoiar.
Poliquices à parte, o que perde o sr. Nogueira com aquelas declarações bélicas: menos salário, o emprego, não progressão da carreira, baixos descontos para a segurança social???
É óbvio que o sr. Nogueira não perde nada disso, antes pelo contrário: quanto mais guerra ele declarar à 5 de Outubro, quanto mais ele puxar a corda à Milú mais ele fica bem visto à luz da CGTP-In e da sua holding, o PCP - que controla todas as declarações e movimentações do sr. Nogueira. Desconfia-se até que sempre que o sr. Nogueira vai ao WC uma luzinha vermelha acende na Soeiro Pereira Gomes...
O lado negativo desta moeda é que, de facto, esse esticar de corda, esse radicalismo da fenprof pode conduzir ao desemprego centenas, milhares de profes. Profes que assim ficariam sem avaliação, mas também sem emprego, sem salários, sem qualidade de vida, sem nada.
E o que sucederia ao sr. Nogueira?
Porventura, subiria ainda mais na escala da hierarquia da máquina do PCP, seria integrado nas listas de deputados nas próximas eleições legislativas, ou ainda o candidatariam a uma autarquia como cenoura pela guerra empreendida ao serviço do pcp e da CGTP-in.
Ele, no fundo, não é parvo, faz o frete ao seu partido, pelo caminho promove-se e, com sorte, ainda acaba deputado ou presidente de alguma junta de freguesia do Barreiro ou do Seixal, ou doutro local que o queira para troféu, nem que seja para recordar os velhos tempos em que fazia acções de agi-prop pela 5 de Outubro.
Este Nogueira, para além de ser um sacristão comunista, quer também passar à história como o algoz da 5 de Outubro, mas revela ao país uma outra coisa: não é nada parvo!!!
Pergunte-se ao cineasta Manoel de Oliveira se acha que vê nele o potencial para uma nova película cuja acção se desenrolaria entre o Cais-do-Sodré, Alfama e a Av. do Brasil com o título: singularidades de um sindicalista louco.
A vantagem destas filmagens, desta feita sem subsídio, é que se as coisas dessem para o torto, o Júlio de Matos ficaria logo alí, à distância duma mão...