quinta-feira

Bill Richardson nomeado secretário do Comércio americano

Obama defende plano realista para a industria automóvel Bill Richardson nomeado secretário do Comércio americano, in Público.
Barack Obama confirmou hoje a nomeação de Bill Richardson, actual governador do Novo México, para secretário do Comércio, cargo em que será responsável pelo apoio às empresas americanas. O Presidente eleito aproveitou para defender um plano “realista” de ajuda ao sector automóvel.
Na conferência de imprensa em que apresentou a mais recente nomeação da sua equipa governamental, agora quase completa, Obama descreveu Richardson, experiente diplomata e antigo representante norte-americano nas Nações Unidas, como “um embaixador económico de primeiro plano” para as empresas americanas, a braços com uma das piores crises das últimas décadas.
Obama acredita que Richardson, com a sua vasta experiência internacional, dará à próxima Administração “uma dimensão internacional e uma compreensão profunda da economia mundial actual”. Na resposta, o novo secretário do Comércio disse acreditar que, sob a liderança do novo Presidente, “os EUA estarão de novo na frente da inovação, em particular no domínio da independência energética” e na criação de empregos ligados às energias renováveis.
Richardson trocou em 1998 o lugar de embaixador da ONU pelo cargo de secretário para a Energia, tornando-se num dos mais influentes membro da Administração Clinton. Em 2002 foi eleito para a chefia do Novo México, estado que representara durante sete anos no Congresso norte-americano, sendo actualmente o único governador de origem hispânica.
Filho de mãe mexicana, chegou a ser apontado como um dos mais fortes candidatos na corrida para a nomeação democrata, mas as suas hipóteses foram deitadas por terra pelo entusiasmo gerado em torno de Barack Obama, o primeiro negro a ser eleito para a presidência americana. Na conferência de imprensa desta tarde, Richardson agradeceu, em espanhol, “o apoio e os votos da comunidade hispânica no candidato” democrata, acrescentando: “Temos de continuar a lutar pelos nossos direitos ao mesmo tempo que perseguimos o sonho americano”.
Obama quer um plano realista para salvar sector automóvel
Durante a conferência de imprensa de hoje, a sexta desde que foi eleito, há um mês, Obama defendeu que o plano de ajuda à indústria automóvel, um dos maiores empregadores dos EUA, deve “ser fundada numa avaliação realista da evolução do mercado e dos meios para tornar as empresas duráveis”.
Os três grandes construtores americanos – General Motors, Ford e Chrysler – apresentaram ontem ao Congresso uma proposta de ajuda ao sector que, na sua totalidade, representa cerca de 34 mil milhões de dólares. Em simultâneo, os três gigantes comprometem-se a reduzir custas e adaptarem a sua produção às exigências do mercado – uma iniciativa que poderá levar ao despedimento de um terço da sua força laboral.