quinta-feira

Senhoras e Senhores: o "Magalhães". O computador português para meninos dos 7 aos 70 anos..

Nota prévia:
Uma oportunidade para alterar hábitor e educar as crianças através das TIC. As crianças mais necessitadas não pagarão nada. O computador, denominado «Magalhães», em homenagem ao navegador Fernão de Magalhães, é o primeiro portátil que vai ser totalmente produzido em Portugal. Destina-se a crianças do primeiro ciclo e custará no máximo 50 euros. O Governo estendeu o programa e-escola ao e-escolinha e assim sendo as crianças que se encontram dentro do escalão A não pagarão nada, sendo que as do escalão B pagarão apenas 20 euros. Já as famílias sem acção escolar pagarão 50 euros.
Os ressabiados encartados do costume dirão que se trata de mais propaganda, a oposição dirá que é má propaganda, embora talvez esta seja uma boa oportunidade para alguns líderes da oposição, mormente o dr. Paulo Rangel, começar a navegar na Net e pesquisar aí muitas e boas informações.
Já agora, parabéns aos irmãos Sá Couto.
Embora a imagem infra, pela qual os manos Sá não podem responder, me faça lembrar mais as farinheiras de Mirandela. Afinal, são computadores.
Primeiro computador para miúdos em Setembro ANA TOMÁS RIBEIRO E JORGE FIEL, in dn
Projecto. O primeiro computador 'Magalhães', o mais barato do mercado português, sai da fábrica em Setembro e destina- -se a crianças dos seis aos 10 anos. O investimento, a realizar na fábrica de Matosinhos, para produzir o PC deverá criar cerca de 1000 postos de trabalho. Objectivo é também exportar
Governo assina acordo estratégico com a Intel
Hoje no Pavilhão Atlântico em Lisboa numa cerimónia presidida pelo primeiro ministro, o Governo e a norte-americana Intel, que conta com a presença do seu presidente Craig Barret, assinam um acordo estratégico para a criação da "Iniciativa Magalhães", nome escolhido em homenagem ao navegador português Fernão Magalhães que comandou a primeira viagem de circum-navegação ao globo. A iniciativa tem três grandes objectivos. O primeiro deles é a criação do computador também denominado Magalhães, desenvolvido em consórcio pela Intel, com a JP Sá Couto, uma empresa que já tem hoje uma unidade de produção de equipamentos informáticos em Matosinhos e com a Inforlândia, uma sociedade também portuguesa.
É precisamente na unidade da JP Sá Couto que vão começar a ser produzidos os portáteis Magalhães, de baixo custo, os primeiros do mundo concebidos de forma a ser usado por crianças com idades entre os seis e dez anos, disse ao DN João Paulo Sá Couto, um dos donos da empresa de Matosinhos, assegurando que as primeiras unidades deste novo portátil estarão a sair da fábrica já em Setembro. Segundo fonte governamental, o custo de produção do novo portátil será de pouco mais de 150 euros.
A "Iniciativa Magalhães" pode assim, por um lado, facilitar o acesso dos portugueses a computadores de baixo custo e, por outro lado, promover a incorporação de produção nacional nesses equipamentos.
O produto, pelas suas características inovadoras e de preço permite cumprir o segundo e terceiro objectivo da "Iniciativa Magalhães", que é disponibilizar equipamento informático e serviços de implementação, a preços acessíveis, para programas e iniciativas de carácter educacional a desenvolver noutros países, ou seja, exportar. E fornecer, já no próximo ano, portáteis para todos alunos portugueses do primeiro ciclo, adequados à suas realidades e exigências. Centenas de milhares destes novos portáteis serão assim absorvidos pelos programas nacionais, disse fonte governamental. Mas a confirmarem-se as encomendadas já apalavradas politicamente com o Governo português, a curto e médio prazo, a fábrica poderá ter de responder a uma procura de mais de quatro milhões de unidades, explicou a mesma fonte, lembrando que já há acordos com a Líbia e a Venezuela nesse sentido. E há outros países que também já manifestaram vontade junto do executivo de adquirir estes computadores. Algumas serão fechadas a curto prazo, assegurou. Assim, o projecto de ampliação da fábrica de Matosinhos ou a criação de uma nova unidade deverá arrancar muito rapidamente, devendo estar concluído no próximo ano.
Os investimentos em questão poderão gerar cerca de 1000 novos postos de trabalho. Até porque com esta iniciativa o Governo espera também impulsionar outros investimentos em equipamentos, programas e serviços informáticos, com vista à criação de um cluster tecnológico.
A FABULOSA HISTÓRIA DOS IRMÃOS SÁ COUTO, DA PÓVOA DE VARZIM
Sucesso. Um estudava engenharia, o outro era DJ. Agora fabricam computadores
A fabulosa história dos irmãos Sá Couto começa pelo facto incomum de dois irmãos se terem decidido juntar para abrir um negócio.
O povo diz que os irmãos toleram--se e os amigos se escolhem. Mas neste caso a história foi diferente. Filhos de um casal de professores primários da Póvoa de Varzim, Jorge, 21 anos à época, escolheu João Paulo, o mais novo dos seus três irmãos, para ser seu sócio num pequeno negócio de reparação de computadores.
Jorge tinha alguma coisa a ver com este negócio, já que estudava para engenheiro electrotécnico. Mas João Paulo era um homem dos sete instrumentos, que até assentar como empresário bem sucedido no sector informático, teve profissões tão diversas como a de vendedor de materiais de construção e DJ. Nenhum deles acabou um curso, mas Bill Gates já nos tinha provado que para ser triunfar neste negócio não é preciso ter um diploma universitário pendurado na parede. Já no Porto. Jorge e João Paulo trabalharam na casa do primeiro (o mais velho) a darem assistência técnica aos Sprectum, até concluírem que o negócio prosperava de tal maneira que se justificava a criação formal de uma empresa.
Em 1989, depois de dez anos de biscatos, nascia oficialmente a JP Sá Couto. A procura era tanta que rapidamente tiveram de abrir em Lisboa pontos de recepção de material informático carente de reparação.
"Com a vasta experiência que adquirimos nesta área, era fácil detectarmos os pontos fortes e fracos de cada máquina. Sabíamos melhor do que ninguém fabricar um computador, modificando-o para que não desse os problemas do costume", diz João Paulo. Em 1994, nascia a marca Tsunami, que tem uma quota de 10% em Portugal e ocupa o terceiro lugar no top das vendas, atrás da HP e da Toshiba