quinta-feira

O bastonário da Ordem dos advogados ensandeceu...

O Grau Zero do pensamento de Pinto...
"Estas declarações primam pelo absurdo e constituem um retrocesso na luta pelos direitos humanos e na evolução das mentalidades. Se hoje em dia os casos de denúncia de violência contra as mulheres são uma realidade inquestionável, isto deve-se ao facto de as mulheres sentirem a confiança e o apoio da legislação em vigor, assim como à maior consciência social de que a violência contra as mulheres é um atentado aos direitos humanos", diz a UMAR em comunicado.
Segundo a UMAR, o bastonário da Ordem dos Advogados proferiu ainda no Parlamento "declarações erróneas", alegando que em matéria de violência doméstica o Código de Processo Penal (CPP) prevê "já mecanismos de suspensão de processo por parte da vítima".
"Porém, se for deixada à vítima a decisão de desistir da queixa, ideia que Marinho Pinto defendeu, é certo e sabido que a vítima sofrerá ainda mais pressões, ameaças e chantagens por parte do agressor, de familiares e da sociedade em geral", sustenta a UMAR.
Para a UMAR, foi "a mudança de crime de semi-público para público que possibilitou a denúncia de situações de mulheres sequestradas nas suas próprias casas".
"De um só golpe, Marinho Pinto pretende destruir e anular tudo o que já foi feito em matéria legislativa, menosprezando o esforço que as associações que trabalham no terreno têm vindo a desenvolver e reconduzindo novamente a violência contra as mulheres à velha máxima: 'entre marido e mulher ninguém mete a colher'", considera a UMAR.
Para a UMAR, "ridícula" é também a afirmação de que existe um "feminismo entranhado" nas leis, observando: "Quem faz as leis são na maioria homens, quem exerce o poder governamental e parlamentar são na maioria homens, sendo que o masculino enquanto referente universal é predominante nas diversas formas de expressão, incluindo as leis".
"A UMAR congratular-se-ia se houvesse efectivamente um feminismo entranhado nas leis, na sua aplicação e na sociedade em geral. Talvez não assistíssemos, então, às múltiplas formas de discriminação e violência ainda exercidas sobre as mulheres", adianta o comunicado.
A UMAR lembra que, em 2008, já morreram 17 mulheres vítimas de violência doméstica e registaram-se ainda 11 tentativas de homicídio.
A Agência Lusa tentou obter esclarecimentos de Marinho Pinto, mas tal não foi possível.
TQ/FC. Lusa/Fim
Obs: Marinho Pinto tem dias: aqueles em que tem um pensamento racional, equilibrado e com common sense; e aqueles em que supende a normalidade e só diz disparates. Ainda não se fez a média desse deve & haver para se lhe atirar com a estatística à tola e fazer com que o homem nutra mais bom senso nos neurónios. Admitamos que o seu pensamento na matéria é o que vigora na sociedade em Portugal!? Seria uma desgraça, um retrocesso de um século nos comportamentos sociais. Não se compreende tamanho anacronismo que só se consegue explicar à luz de algumas hipóteses, também elas surrealistas - em linha com o miserável pensamento de Marinho.
Vejam-se algumas dessas hipóteses:
1. Marinho disse o que disse sob o efeito de alucinogénios;
2. Após uma discussão com José Miguel Júdice;
3. Descobriu a sua misogenia, tardiamente;
4. Está a escrever um guião sobre o machismo no Portugal medievo em que era moda as mulheres apanharem pancada, comerem e calarem e quanto mais apanhavam mais o homem afirmava a sua virilidade;
5. Marinho tem a doença de parkinson;
6. Marinho não gosta de mulheres, nem da sua Mãe;
7. Marinho não existe;
8. Marinho existe mas precisava de algo que gerasse um xarivari artificial em torno da sua pessoa para que os media falassem dele, e assim alimentar a sua vaidade e, quiça, a sua anã ambição para cargos políticos de maior vôo...
Mas se esta última hipótese tem alguma plausibilidade Marinho denota um péssimo gosto e uma falta de sensibilidade humana e política, que nem para presidente de Junta da Buraca servia.
Arquive-se, portanto, o pensamento medíocre de Marinho e convoquem-se eleições antecipadas na Ordem dos Advogados/OA para substituir o homem sob pretexto de senilidade.
Numa palavra: Marinho sempre poderia inventar outro expediente para os media falarem dele.