Após 2009 o código de conduta entre Santana & Meneses será assim
QUEM DÁ O CALDO A QUEM? MENESES A SANTANA, OU SANTANA A MENESES!?
Até 2009, ano de eleições legislativas, o ambiente político entre Santana e Meneses será artificialmente calmo e contido. Andam com pinças para evitar atropelarem-se um ao outro naquela estrada de Damasco em que se converteram as ruelas da Lapa. Mas uma análise mais fina permite concluir pelo seguinte: ideias para Portugal, um rumo para o país que soprem da cabeça de Santana ou de Meneses não passam duma pura miragem, de um verdadeiro deserto. Eis a conclusão das Jornadas parlamentares do psd no Algarve. Daquelas testas nada de edificante vem para Portugal, o resultado só pode ser um: mais cedo ou mais tarde a ausência de projectos entre esta artificial e contranatura liderança bicéfala entrará, inevitavelmente, em choque: choque pessoal, choque de feudos e discípulos, choque de estilos, choque em relação à forma de desenvolver a comunicação pública afecta ao partido. Acresce, por outro lado, que ainda a semana passada o eloquente Ângelo Correia chamou líder de facção a Durão Barroso; Meneses, para se afirmar, chamou de "pequeno ditador" a MMendes; Santana não chama nada a ninguém porque já não está em condições de o fazer. Mas é este psd esfrangalhado, dividido, partido e sem rumo que hoje procura arranjar espaço na fronteira mais além possível da Social Democracaia (ocupada por Sócrates) a fim de alargar a sua base de apoio socioeleitoral, mas não consegue. E como não consegue, nem consegue combater Sócrates directa e pessoalmente, o campo da luta política terá, a prazo, de se virar para o seu interior, e é aí que o português médio irá encontrar duas pessoas - Santana e Meneses - rasteirando-se um ao outro, na esperança de que esse seja um jogo de soma variavél e em prol de Portugal. Tamanha ilusão...
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