sábado

Preferem a net ao sexo e aos amigos. Um inquérito alarmante...

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Americanos estão a ficar obcecados com o mundo virtual
A agência de publicidade americana JWT fez um inquérito telefónico entre 7 e 11 de Setembro último. Entrevistou cerca de mil adultos e concluiu, segundo avança o site de informação brasileiro Estadão, que uma grande parte dos inquiridos não aguenta ficar mais de dois dias desconectado.
Os participantes reconheceram mesmo que, às vezes, trocavam o sexo e os amigos pela Internet.
«Quanto tempo consegue estar sem se ligar?» era uma das perguntas. Cerca de 15 por cento respondeu «um dia ou menos», 21 por cento disse «dois dias» e 19 por cento «alguns dias». Apenas um quinto dos inquiridos reconheceu conseguir estar «uma semana» longe da Internet.
Segundo Ann Mack, da JWT, «as pessoas revelaram que ficam ansiosas, sentem-se sozinhas e ficam chateadas quando se desconectam». Um facto que demonstra «como a tecnologia está a mudar o comportamento das pessoas», acrescenta
A pesquisa revelou ainda que tanto os telemóveis como a Internet representam uma parte essencial da vida das pessoas. Mais de um quarto dos entrevistados admitiu passar mais tempo a falar «em rede» do que directamente com as pessoas. E cerca de 20 por cento assumiu ter menos relações sexuais por passar muito tempo «ligado».
Contrapondo a televisão, o telemóvel e a Internet foi perguntado aos participantes: «qual era o mais necessário?». Ganhou a Internet. Quanto ao objecto do qual não prescindiam, o telemóvel ganhou à televisão".

Obs: Faça-se semelhante inquérito à população portuguesa e chegar-se-á a convergentes resultados. Medite-se nisto e tente-se perceber por que razão buscamos estes canais de informação e comunicação virtuais em detrimento das vias pessoais. Creio que David Riesman tem razão, continuamos a (re)viver o conceito de multidão solitária, agora mais elaborado e "tecnologisado" do que nas décadas de 60 e 70 do séc. XX. Mas não estamos melhores...