"O Porto de Lisboa não pode ser uma Câmara sombra"
O Porto de Lisboa não pode ser uma Câmara sombra (link)
08 de Julho
"A candidatura de António Costa juntou vários agentes e empresários do turismo num passeio de barco pelo Tejo. O candidato socialista falou sobre o clima, as gentes, a beleza de Lisboa e a sua relação com o Tejo, salientando a necessidade de a autarquia assumir a sua quota-parte de responsabilidades na promoção turística da cidade.
O Presidente do Instituto de Turismo de Portugal, Luís Patrão, o Presidente da Parque Expo, Rolando Borges Martins, Vitor Costa, ex-verador da CDU que ocupa o cargo de Director-Geral da Associação de Turismo de Lisboa, e muitos empresários como André Jordan, António Trindade, José Rebelo de Almeida, José Pestana e Alexandre Almeida, estiveram hoje ao lado de António Costa numa acção de campanha que entre elogios às condições naturais da cidade para vencer, foi palco de várias críticas à falta de empenhamento da Câmara na criação de condições para om sector.
António Costa sublinhou a importância do clima da capital, em comparação com outras cidades europeias e voltou a falar da necessidade de devolver o Tejo e a zona ribeirinha a todos os Lisboetas. "O Porto de Lisboa tem uma importância fundamental para a economia da cidade e a actividade que desenvolve deve ser apoiada" disse Costa sem deixar de acrescentar, no entanto, que o "Porto de Lisboa não pode ser uma Câmara Municipal sombra e tem de ser posto no seu devido lugar". Segundo o candidato socialista, esta entidade tem que "fazer aquilo que sabe fazer, que é a actividade portuária" e libertar os espaços que não ocupa com o desenvolvimento desta actividade para usufruto dos cidadãos de Lisboa.
Como exemplo da falta de ligação entre a cidade e o Porto de Lisboa, Costa falou do erro que será construir um segundo Centro de Congressos de grande capacidade como pretendem aquela instituição, para além do que está planeado fazer pela AIP no parque das Nações.
Os presentes também deram o seu contributo. André Jordan defendeu a criação de um museu dedicado aos Descobrimentos e a obrigatoriedade de ter uma cidade a funcionar, nos seus pequenos pormenores, para que o sector do turismo possa ter sucesso. Vitor Costa defendeu "uma forte campanha de marketing, uma redução das taxas aeroportuárias e a garantia de uma ligação ferroviária rápida, cómoda e barata entre o novo aeroporto e o centro da cidade". José Rebelo de almeida não pediu grandes obras ao candidato socialista, compreendendo o momento de urgência que se vive, mas salientou que para uma cidade ser atractiva, mais do que iniciativas emblemáticas, é preciso que a cidade tape os seus buracos, tenha sinalética clara, regue os jardins, pinta as passadeiras e coloque os semáforos a funcionar".
Obs: Tudo boas ideias que carecem de duas coisas: de amadurecimento e de uma maioria absoluta inequívoca, sob pena de a cidade ficar entregue à "bicharada"... Semelhante aquela em que tem vivido nestes últimos 6 anos.
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