A verdade segundo Sócrates - por Vasco Pulido Valente -
09.06.2007, Vasco Pulido Valente
Queridos leitores do PÚBLICO, Um bando de facciosos, para não dizer de loucos, resolveu agora convencer o país de que o nosso querido primeiro-ministro se inclina excessivamente para o autoritarismo e já criou por aí um clima pouco democrático. Nada mais falso e aberrante. Se o sr. primeiro-ministro decidiu, por exemplo, transferir para si próprio a tutela directa dos serviços de segurança (SIS, SIRP e SIED) e das polícias, não foi para aumentar o seu poder. De maneira nenhuma, foi por meras razões de "funcionalidade"; uma medida patriótica, destinada exclusivamente a garantir a segurança do cidadão e a poupar dinheiro ao contribuinte. Se a canzoada, que não pára de ladrar às pernas de um tão patriótico benemérito, não percebeu esta evidência, tanto pior para ela.
A canzoada, de resto, distorce tudo. Vejam a infame exploração do "caso Charrua". Primeiro, não houve espécie alguma de denúncia, houve, isso sim, uma "participação"; e entre a "denúncia" e a "participação", como qualquer pessoa bem formada sabe, vai um mundo moral. Os funcionários públicos não denunciam, participam. E um cavalheiro, ainda por cima ex-deputado do PSD, que faz "declarações" sobre S. Exa. o primeiro-ministro, está pura e simplesmente a pôr em causa a hierarquia do Estado e a prejudicar a eficiência da administração. Só mesmo a canzoada descobria uma "perseguição política" neste lamentável episódio. A disciplina para ela não conta. Nem o respeito pela autoridade. Preferia com certeza que um miserável empregado da DREN passasse o tempo a denegrir a Governo?
E o cartão 5 em 1? Um cartão muito prático, e até bonito, que facilita a vida ao nosso bom povo. Foram logo inventar - até onde chega a cegueira e a má fé! - que também dava ao Estado um excelente meio para se meter na vida de cada um. Não se acredita. Como não se acredita no descaramento dessa malta sem nome dos blogues, das colunas, da televisão, da rádio e dos jornais, que anda a brincar ao antifascismo e se queixa, hoje, com o eng. Sócrates, de - não conseguem adivinhar! - "falta de liberdade". Isto quando basta comprar um jornal ao acaso ou ligar ao acaso a televisão, para verificar o à-vontade e a violência com que o Governo e o seu chefe são atacados. Isto quando Vital Moreira, professor de Coimbra e, no seu tempo, grande comunista, já provou e tornou a provar que há liberdade a mais. Não vale a pena insistir. O eng. Sócrates, vencedor de défice e democrata dos democratas, paira acima desta imunda lama.
Um modesto admirador do sr. primeiro-ministro.
- Obs: Sabia que a admiração de VPV pelo engº Sócrates era inexcedível.
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