sexta-feira

Que recursos usas para fazer o teu blogue? Eu utilizo o Eclesiastes

Picado no Jumento - com base na sistematização do blog Atribulações Locais -

QUE RECURSOS USAS NO TEU BLOGUE?

O "Atribulações Locais" antecipou-se ao desafio d'O Jumento que aqui foi prometido e "abriu o jogo" divulgando os meios que usa para produzir o blogue. Mas foi mais longe e acrescentou as suas regras:

- "Não copiar, inovar; - Não ter medo de errar, da próxima vez sairá melhor; - Ter ideias e opiniões próprias e publicá-las; - Se utilizar ideias de outrém, referir sempre esse facto e indicar a origem; - Revelar sempre as fontes de informação; - Colocar sempre links para quem, de alguma forma, ajudou a criar determinado conteúdo; - Ser sincero e honesto, os leitores apercebem-se facilmente se não o formos; - Manter o blogue só enquanto nos der algum prazer, depois disso já deixou de valer a pena".

Obs: Ora aqui está um corpo que ideias estruturadas e estruturantes que poderia subscrever - extraídas do Atribulações Locais - que conheci hoje via Jumento.

Subscrevo com uma pequenina reserva...

1. De facto a inovação - com um pé na realidade - é essencial; explicitei isso através dum conceito abrangente: criatogénese, e, curiosamente, a propósito do Jumento. Nem de propósito..

2. Depois, e na linha do pensamento de Vergílio Ferreira, a verdade é um erro a aguardar vez, por isso há que arriscar - desde que com seriedade, rigor e objectividade, ainda que esses valores sejam portadores de algum exagero, mas são "políticos" como Mário lino, a funcionária doida e persecutória da DREN, o manel Pinho e conexos que nos fazem cegar perante tanta obstipação mental;

3. As opiniões, ou a doxa - que nada tem a ver com conhecimento também devem ser assumidas, mas se essas opiniões tiverem uma forte ligação à realidade e forem portadoras de potencial explicativo - são opiniões avalizadas, sustentáveis e duráveis no tempo. São opiniões eficientes que resistem à erosão do tempo, e se resistirem muito podem até converter-se em alguma análise e reflexão.

4. Revelar as fontes, postar os links, etc, etc... Bom isso teremos de perguntar ao Pacheco Pireira e ao Marcelo - que todas as semanas o apanho a debitar articulações e derivas que a meio da semana já foram postadas em alguns, poucos, blogues. Esses dois nunca citam, e quando o fazem fazem-no oportunísiticamente, só para encher o papo do seu miserável mealheiro.

5. O aspecto lúdico e o prazer são a matéria-prima para manter o "mamífero" a carburar... Só discordo num ponto, e remete não para uma crítica de fundo, mas para a intensidade do tempo - e que é variável de bloguer para bloguer, mas os timings acima referidos são muito insuficientes para se fazer um bloger abrangente.

Mas como o tempo também é uma variável relativa, tal como o espaço, como nos ensinou Albert Einstein, cada um diz o que quer. Tenho até um amigo que é pescador e que de vez em quando não resiste a dizer que pescou um candeeiro, aceso e tudo..., às tantas é primo do Mário Lino..

Dito isto, como diz o outro, direi agora as minhas modestíssimas "armas" que concorrem na confecção do Macro. São em número de três, e assumindo aquele legado - que é, de resto Universal e decorrem das regras do bom jornalismo, da busca da verdade e do common sense.

Como o sol nasce e se põe todos os dias à mesma hora e a terra subsiste sempre, a minha principal fonte é o Livro dos livros, o Biblo dos biblos, ou seja, a Bíblia. O único livro que levo mais a sério e que nunca consegui ler até ao fim, apesar de ser bastante mais útil do que as Págs. Amarelas. E como todos os rios entram no mar, e este não transborda daqui seguem as nossas regras que procuramos observar na produção de informação & análise aqui postada.

A saber:

1ª Regra - A vaidade das coisas humanas é algo a que não nos devemos apegar, mesmo que sejamos "bons" naquilo que fazemos não devemos nunca ficar tolhidos e paralisados com o complexo de Narcíso - de tão belo que era ficou alienado. Portanto, a auto-limitação é essencial, doutro modo a queda revela-se iminente, pois a vaidade é mais um cancro do que uma vitamina intelectual;

2ª Regra - A imperfeição das coisas humanas - é algo que nos deve perseguir, como uma campainha nos parietais, pois mesmo quando fazemos um texto que consideramos de alta qualidade, original, válido, sustentável - alguém de seguida fará mais e melhor - superando o que havia sido feito. Logo, aquela "imperfeição" conduz-nos à inevitabilidade da humildade - que acaba por ser, bem vistas as coisas, como uma mola socrática (leia-se, dialéctica) que nos torna ainda mais blindados e exploratórios.

Pelo que a humildade é o caminho para o sucesso e a perfeição, é a mola e a rotativa que impulsiona os elos dentados do nosso mundo, com licença de Deus - nosso Senhor que nunca dá a cara nestas coisas, nem linka. O que me leva a perguntar que blog terá Ele.. Se calhar ainda anda a fardos de palha seca no Blogdrive..

3ª Regra - Remete para a moderação dos nossos desejos e ambições - o que nos deveria contentar com a relativa felicidade que a vida presente nos dá, mas sem cair no hedonismo da sociedade niilista, mercadológica e hiper-relativista que nos tolhe hoje a todos. Basta liga a m.... da tv ou ouvir o Mário Belarmino do deserto a vociferar pela Ota do nosso descontentamento.

É com base nestes três pessupostos - que não são rígidos nem fechados - que colecciono as minhas três regras que norteiam a teoria e práxis do Macro: 1) evitar a vaidade; 2) cercear a imperfeição; 3) e moderar os desejos e as ambições - que nos pode conduzir a tantos outros pecados capitais.

Por isso terei aqui, em homenagem à fonte e à virtude prestar a minha singela homenagem ao livro do Eclesiastes- o livro da sabedoria - que acaba por ser a pedra de toque deste espaço de ideias e análise. E às vezes nem de uma coisa nem doutra... Apenas um desvario - ao estilo pessoano, perdoe-se a presunção.

Na certeza de que tudo isto é vento que passa. Pois daqui por uns tempos - tirando os nossos filhos e netos (por força do apelido, que um dia também se diluirá..) - ninguém mais falará de nós. Claro que aqui também há excepções.

Em Portugal lembro-me de quatro, o resto é paisagem: Camões, Pre. António Vieira, Eça e F. Pessoa. O que dá mais 4 regras - que somadas à três de cima - perfaz um total de Sete, um número mágico.

Sendo certo que por vezes a distância entre o sábio e o louco medeia uma mão...