segunda-feira

As pulgas - por Vasco Pulido Valente -

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AS PULGAS (nota prévia do Macro ao artigo de VPV)
Se amanhã se fizer um concurso de pulgas, quero dizer, de saltimbancos no psd, e António Arnaut, sarmento Rodrigues, sLopes e o inconsistente de Gaia (como lhe chama Marcelo, resta saber como menezes cunha Marcelo no CM, onde escreve) - o qual se notabilizou pelo pior - com a frase dos Nortistas e Sulistas (e só não foi sovado em directo porque recorreu ao psicodrama e ao choro- como os bébés - para gerar compaixão na assistência e, assim, evitar o espancamento das hostes revoltadas) - estou convencido que esses figurantes da política lusa saltariam-saltariam, mas não sairiam do mesmo sítio.
Vasco Pulido Valente resume bem a situação, só faltou aprofundar a caracteriologia etológica de insectos e fazer o distinto entre elas - as pulgas - e as carraças e demais vermes e parasitas que, lamentavelmente, ainda andam por aí (Edp e afins) a passear a sua vaidade, imcompetência e soberba. É o país que temos, serão as pulgas que teremos de matar. E talvez seja por isso que este ano tem havido um fluxo extraordinário de pulgas no Inverno. E não atribuo isso à imigração d'África.. - onde aquelas coabitam com as moscas.
Pulgas no Inverno!!?? - ainda é mais estranho do que sLopes na Edp... (ou em S. Bento)

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As pulgas
VASCO PULIDO VALENTE
cit. in Público (ass.)
"Não se percebe como o homem de Gaia, Luís Filipe Menezes, criou a convicção extravagante de que tudo o indicava para presidente do PSD e primeiro-ministro. Nunca teve no governo um lugar de verdadeira importância, não está associado a nenhum acto político memorável, não representa nenhuma ideia ou programa que se distinga da banalidade ideológica corrente. Nada disto, no entanto, o desanima ou acalma. Com certeza que lhe dizem lá por cima que ele é a Maria da Fonte e ele acredita. Pior ainda, aproveitando vigorosamente o seu democrático direito à liberdade de expressão, nunca cala. Marques Mendes tem de viver com ele como quem vive como uma pulga, ou seja, com muita paciência e sempre à espera de uma ferroada. No PSD, há hoje mais pulgas do que num cão vadio.
Outra pulga é o dr. Morais Sarmento, que se julga um pensador, um génio e um estadista. No seu tempo, o dr. Sarmento foi ministro do dr. Barroso (nº 2, como ele gosta de notar com uma encantadora vaidade) e, a seguir, foi também ministro do dr. Santana, um episódio glorioso da sua carreira. Qualquer pessoa pensaria que, depois destas tremendas provas de perspicácia e juízo, o dr. Sarmento andava agora pelos cantos para não o notarem. Ilusão e engano. O dr. Sarmento, que se orgulha das suas façanhas, julga apropriado avisar o país que não vê em Marques Mendes "nem causas, nem carisma". O discernimento de que ele deu tantas provas no passado torna esta acusação terrível. Tão terrível que um grupo de "barrosistas" (a etiqueta deriva de "Barroso"), em que sobressai o admirável Arnaut do "Euro", resolveu jantar para discutir a "crise".Claro que Marques Mendes não corre qualquer risco com esta "agitação" jantante e jornalística. É sempre fácil criticar o chefe da oposição, quando a maioria e a propaganda do governo quase não o deixam mexer.
Marques Mendes serve de pretexto e alvo a toda a pequena ambição e presunção, que anda por aí à solta. Até o dr. Júdice (José Miguel), quer saber se ele vai ao cinema, ao teatro e aos concertos da Gulbenkian e (palavra de honra!) se "passeia na praia de mão dada com a mulher". Mas não vale a pena levar a sério este fino senso estratégico, nem o frenesim do filho dilecto da cidade de Gaia, nem as pretensões póstumas do "barrosismo". De Sarmento a Menezes, nenhum deles conta. Aproveitam, como de costume, a oportunidade para se exibir. É um circo de pulgas. Mordem, não matam."