A impossibilidade de MMendes e o liliputianismo do psd

PSD - Mendes diz que «chegou hora de o partido decidir» a quem quer fazer oposição.

O líder do PSD, Marques Mendes, afirmou hoje que «chegou a hora do partido decidir» se quer fazer oposição ao Governo ou se prefere «fazer o jogo» do executivo, numa resposta aos críticos internos

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Notas a Mendes:

Confesso aqui que fui dos que pensei até ao Verão passado que MMendes conseguiria congregar o partido, dar-lhe uma nova dinâmica e projectá-lo através duma oposição mais vigorosa e criativa ao governo socialista.

Passou o tempo e também mudámos de ideias, e porquê?? Mendes revelou-se um líder mal aconselhado e péssimamente acompanhado, pouco ou nada criativo, no hemiciclo a sua oposição fica completamente cilindrada pela voz de Louçã - mais credível em matéria económica, quando não desafina. Mendes, por outro lado, queima-se na praça pública promovendo e/ou mantendo situações completamente podres no poder local e no financiamento partidário e fraude fiscal. Situações que têm um efeito de boomerang e que minam ainda mais a sua já débil performence política, sempre a descer nas sondagens e nas intenções de voto. O que faz com que qualquer dia o psd se aproxime do score eleitoral do pcp do dançarino jerónimo ou mesmo do partido do táxi, que agora parece ter uma liderança bicéfala: Portas na sic e Ribeiro e castro na rtp. Nuno Melo - vai "dormindo" politicamente com os dois...

O edil de Lisboa, engº carmona e Ant. Pretos, são a face negra dessa dupla desgraça: incompetência e corrupção. Para o mal e para o pior, quando hoje se fala em MMendes duas caras aparecem plasmadas à sua: Preto e carmona. Na semana seguinte a coisa alterna: é carmona e preto. Luís Filipe meneses, um sal mineral do Norte que se julga vitamina, também ajuda à festa minando ainda mais a credibilidade de Mendes. Mas a sua inconsistência é dramática, nunca será mais do que um líder de grupo, ou mesmo de facção. A ala sarmento - de fora - também não lhe perdoa, e sLOpes faz vox grossa na rádio-santuário (tsf) que ora o contratou para dizer banalidades ao país.

Já há mesmo quem diga que a antena perdeu milhares de ouvintes desde que lopes lá demandou. O livro de Carolina Salgado também lhe retirou palco e as vendas, estragando-lhe o Natal, como aduz o Jumento na sua interessante semanada.

O livro de Arlinda Mestre também de vai de vento em popa, convertendo as más percepções editoriais de lopes numa sombra - que nunca deixou de ser.

Em suma: o carisma de Mendes é como a credibilidade de sLopes, pouca ou nenhuma. Sócrates negociou com ele uma vez com ele - sobre o pacto da Justiça - e arrumou-o definitavemente no bolso mais pequeno, não lhe dando uma 2ª chance - em matéria de segurança social que, a concretizar-se, descaracterizaria o PS.

Portanto, Mendes tem assim várias desvantagens ao mesmo tempo de que só muito dificilmente se livrará. A saber:

1. As suas propostas na esfera política e económica estão à sua altura, daí a dificuldade da sua visibilidade;

2. Tem mais bloqueios e inimigos internos do que no PS e na esquerda em geral, o que entorpece a sua acção, já de si frágil, pungente e fragmentária;

3. A camarilha da autarquia de Lisboa, os casos de corrupção político-partidária de que não soube atempadamente demarcar-se, emprestam-lhe uma imagem laxista, de continuidade do passado que o catalogam mais com um burocrata do barrosismo (e até do cavaquismo) do que como um político inovador e criativo portador de futuro;

4. Cavaco - com a relação de coordenação estratégica que mantém com S. Bento - tirou-lhe a possibilidade de crescer, o que fragmentou ainda mais a capacidade de mobilização interna que Mendes julgaria ter na malha eleitoral;

5. Tem perdido todos os debates na AR com Socas, ele perde até para Louçã..

Daqui resulta a fixação duma imagem global: Mendes é hoje um líder de transição, sem capacidade de fazer o volte face e recuperar ou reconstruir a maioria sociológica que dê a maioria relativa ao psd e ser governo em 2009.

Mendes é também um homem isolado no psd - que enquanto partido também não existe, e este é o maior dos dramas. Estou até convencido que Mendes conta apenas com dois aliados no partido: Carmona e Preto, e estes os lisboetas e alguns portugueses já os conhecem bem.

Mas posso estar enganado, posto que não são apenas dois, mas três os seus aliados: já me esquecia alí de dona zita seábrá, a velha comuna instalada hoje no psd, que não é mais do que um albergue espanhol, uma espécie de plataforma pesqueira que abre as "pernas" e mete tudo lá dentro. Talvez seja por causa dessa miscelânea que cheira tão mal hoje no psd-nacional e local...Veja-se o que se passa na secção do psd de Algés. Uma vergonha.

O que hoje alí se aproveita é a refª ao nome fundador de Sá Carneiro e às boas instalações que o partido tem.