"French paradox", Marcelo e o vinho
Gostei de ver hoje Marcelo, especialmente naquela tirada moralista segundo a qual os políticos estrangeiros na reserva quando vão para o exterior não dizem mal daqueles que os substituíram internamente nas funções de PM, no caso vertente Aznar foi derrotado pelo Zapatero na sequência da encrenca política em torno do atentado terrorista que Espanha sofreu e cujas responsabilidades Aznar, de forma canhestra, tentou imputar à ETA. Perdeu, demontrando-se que em política a mentira já não colhe.
Claro que Aznar foi ao Prós & Contras vender charme e simpatia, com pulseirinhas mariquinhas de adolescente retardado, que S. Lopes também usa, pentado à Cais-do-Sodré e uma aparente bonomia para mostrar que era senhor da situação. Mas é óbvio que Aznar, de forma subtil e até cínica, disse mal e bem mal de Zapatero, de forma enviezada, oculta e subreptícia, (tal como Barroso diria se tivesse ficado por Portugal e perdido as eleições para Sócrates.., em lugar de trucidar S. Lopes que, coitado, só sobrevive sob o efeito do lexotan) mas deve ter sido neste interlúdio que Marcelo foi fazer um xixi ao WC do Guincho, e como apanhou bicha na Guia atrasou-se e não viu essa parte. Ou então era já eu que já estava de braço dado com o Pias ou o Conventual...
Mas confesso que me congratulei por ver Marcelo dizer que aprecia vinho tinto, pois nós também, e não é apenas para fortalecer as exportações e a economia nacional. Deve ser do PDI e das hormonas dos mamíferos, mas é precisamente esta vantagem do gosto pelo vinho que pode prevenir um envelhecimento acelerado. E o french paradox emerge aqui como uma chave explicativa que merece descodificação. Ou seja, os franceses consomem toneladas de gorduras, por via dos queijos, do foie gras e, estranhamente, não sofrem de doenças cardiovasculares (através do colesterol) como os outros europeus, nem sequer têm uma esperança de vida inferior. Estranho!!!
Talvez seja o resveratrol, componente essencial da polpa do grão da uva, logo do vinho que eles consomem, que esteja na base dessa protecção alimentar às tais doenças cardíacas e, de certo modo, também ao abrandamento dos efeitos de envelhecimento. As francesas não são más pessoas nesse bio-trajecto, embora na década de 80 fossem conhecidas no Algarve como pessoas que tinham uma relação algo distante com a água, dizia-se. Mas deixemos isso... O que importa é que até já o velho mestre, Pasteur dizia que o vinho tinto - que Marcelo tanto aprecia, era um excepcional antiviral, por causa dos flavonóis que têm a capacidade de destruir alguns vírus e radicais livres que andam por aí a fazer mossa em alguma rapaziada.
Pergunto-me se não será por um certo excesso de amor ao vinho que Marcelo por vezes diz umas coisas que não correspondem (bem) à realidade!?
Mas cada um vê sempre com as lentes que Deus lhes deu...
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