sábado

O legado de Noam Chomsky.. ou de Maquiavel ou Kant!?

-A verdade, como provavelmente Noam Chomsky aprendeu com L. Wittgenstein é intersubjectiva, talvez por isso quando minha mamã me apanhava na sala com alguma amiga menos vestida representando um role playing à pressa dizia sempre que estava a jogar xadrez.., ainda que as peças não estivessem sobre o tabuleiro. Contudo, ela chamava-lhe sempre outra coisa. POrtanto, a "verdade" é sempre prismática. Ora bem, o sr. Ludwig Wittgenstein também deve ter aprendido essa coisa da intersubjectividade com o racionalista Immanuel Kant, e este, por sua vez, deve ter ido beber aos pensadores e filósofos anteriores a ele. Daqui decorre um princípio no funcionamento mental de Noam Chomsky:
  • É que ele percebeu, como bom filósofo que é, que o Direito Internacional Público para os EUA têm o mesmo valor do que a democracia pluralista para o energúmeno do ditador Fidel Castro que está a aguardar a morte numa cama de hospital paga pelos impostos do povo que escraviza. Mas mais: Noam descobriu que a América de G. W. Bush é o país do mundo que mais desprezou esse direito regulador das relações internacionais contemporâneas em todos os tempos. E este desprezo levou Chomsky a mergulhar no passado da América que na década de 60 - esbarrou com a doutrina de um famoso Secretário de Estado, um tal Dean Acheson, segundo o qual doutrinava que os EUA agiam consoante a sua própria conveniência, poder, prestígio e posição no mundo. Não se tratava, portanto, duma questão legal, mas de Poder, de Força, de Prestígio e de Influência global. Pergunto-me o que o zeloso (e manhoso) Noam dirá de Cuba e de todas as ditaduras e corrupções sul-americanasque já fizeram milhares de mortes??? Como é um cobardola intelectual, provavelmente, não dirá nada, o que significa que o sr. Noam só utiliza metade do seu cérebro contra o capitalismo manhoso e interesseiro dos EUA, a outra metade está guardada em formol (ou enxofre) para envolver ternamente o seus amigos sul-americanos, corruptos, népotas, assassinos e ditadores com Hugo e Fidel Castro à cabeça... , e no mesmo frasco, de preferência!!!
- Na prática, o que Noam nos vem dizer é aquilo que já sabemos: os EUA são uns pulhas terríveis, e a coberto da sua bela democracia poliárquica, dos seus belos capitais, tecnologias, way of life e de toda uma ética derivada os princípios morais que verdadeiramente estruturam a sua doutrina de acção, é só uma: o Poder e o seu direito, porque ao Direito (dos outros) a América não se sente sujeita a respeitar.
- Foi isto que Noam descobriu, é isto que há séculos já se sabe... Maquiavel, que viveu 500 anos antes de todos estes pacóvios é hoje menos lembrado, embora soubesse mais do que todos eles juntos. Portanto, o que eu queria significar aqui nem sequer era sublinhar as fanfarronices chomskianas salgadas com os seus jogos de racionalidade, mas evocar Maquiavel - copiado por todos e rara e devidamente citado por alguns.
- Quando Noam Chomsky deixar de ser faccioso e começar a ser isento e a utilizar a sua outra metade do cérebro venha falar com o Macroscópio, pois aí também saberemos estar à altura para o enquadrar e, quiça, relativizar. Tanto mais que Noam é conhecido por dar cabo das verdades feitas pelos outros, e hoje aqui foi fácil relativizar as suas... Bastou relembrar Maquiavel, evocar Wittgnenstein, já para não falar na incursão a Kant... Agora só espero que esta malta toda também não tenha estado no Convento do Beato... senão lá se vai a sustentabilidade da nossa crítica ao "Comprimido Portugal.."