sábado

Os "mimos" de Hugo a George... a partir da ONU

De Havana a Bogotá, de Brasília (de Lula, olha quem, o maior dos copofónicos...) ao Serengheti, de Addis Abbeba a Modagiscio, do Yemen a Jakarta - todos já conhecem os hábitos "alimentares" de G. W. Bush. Por isso, perguntamo-nos porque razão o presidente da Venezuela, Hugo Chávez se aprumou em classificar Bush com os epítetos que o mundo já conhece... Será isto mais um desafio de filosofia da linguagem que Hugo dirigiu a Noam Chomsky, fazendo disparar as suas vendas... Se não foi, parece. Mas talvez fosse mais eficaz que em vez de Chávez chamar "alcoólico e atrasadote" a G. W. Bush explicasse ao mundo, a partir da Assembleia Geral da ONU, a ágora do mundo, a lógica que preside ao funcionamento da América. E esta remete-nos para um mundo macabro, i.é, um mundo em que o Império (segundo Tony Negri) ou a República Imperial (segundo o grande Raymond Aron) disfarça permanentemente a sua busca de poder sob a máscara de ajuda e cooperação internacional, intervenção humanitária, humanizar e regular a globalização predatória, etc, etc... Foi nesse sentido que as palavras de Chávez se revelaram ad homine e ineficazes e, como tal, perdeu uma excelente oportunidade para convidar o mundo a ler nas entrelinhas a própria retórica norte-americana. De Chávez só direi uma coisa: será que também é alcoólico?! De G. W. Bush... já todos sabemos sabemos que odeia Noam Chomsky, mas eu confesso que também prefiro Ludwig Wittgenstein...